segunda-feira, 12 de março de 2012

Poupem-nos

Cavaco desfocadoA única coisa que me surpreende nos defensores do preâmbulo de Cavaco é que ainda tentem argumentar com algo positivo sobre as razões que o levaram, quando faltam quatro anos para concluir o mandato, a mais este momento zen da política portuguesa.

Sabemos que temos de aturar um Presidente da República de só alguns portugueses, como ele próprio fez questão de o vincar nos seus discursos de vitória e de posse, sabemos que o homem está convencido de que é superior aos seus concidadãos e que julga que o facto de ter ganho eleições o transforma numa espécie de espectro arrogante de patamar superior, sabemos que ele entende não ter de responder às questões que lhe são colocadas por julgar que os seus tabus e as suas omissões são suficientemente claras e, como sabemos tudo isso e nos resignamos, prescindimos do acrescento de conteúdo que as suas fieis muletas tentam acrescentar à ausência de pensamento, ao ressabiamento e à falta de princípios.

Até mesmo a tarefa de o tentar ajudar a cumprir este mandato com alguma dignidade se revela impossível pela má qualidade de carácter e pela incapacidade de discernimento.

Poupem-nos, por favor.
LNT
[0.164/2012]

1 comentário:

Maria disse...

Ele e os outros não nos poupam. Mandam-nos poupar a nós. Fazem troça da nossa pobreza, da nossa inteligência, das nossas vidinhas tristes, do desequilíbrio das nossas contas, ao fim? do mês.
Nós tentamos rir deles, mas eles é que gozam com o estado a que chegámos.
São eles, que não nos poupam, nem a vergonha de sermos governados por gente tão mesquinha, tão mentirosa.
Maria