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sexta-feira, 28 de março de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XVI]

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Quando a comunicação social noticiou aquilo que lhe tinha sido dito no Ministério das Finanças, as pessoas que no governo filtram a realidade para não dar má imagem, ficaram aborrecidas. Usando a costumeira técnica de mentir e chamar mentiroso aos outros, "Pedro Passos Coelho classificou como "especulação" as notícias sobre novas fórmulas de cálculo das pensões". Se o chefe do governo chama especulação à notícia que relata o que disse um membro do governo, esse chefe do governo está a mentir, a faltar à verdade, a ocultar a realidade, o que quiserem.
Porfírio Silva

Para justificar um problema que já não é novo (e que já foi assinalado aqui e aqui, por exemplo), o da falta de alguns medicamentos nas farmácias, parece que Paulo Macedo adaptou hoje na AR uma fórmula modificada do "andámos a viver acima das nossas possibilidades" desta feita aplicada aos remédios: “O problema é as pessoas estarem a consumir medicamentos a mais.".
O ministro da Saúde é tudo menos um homem estúpido, por isso só pode mesmo estar a ser aldrabão com esta relação causa-efeito. Com certeza que pontualmente existem pessoas que tomam mais medicamentos do que os prescritos pelos médicos mas são, com toda a certeza, um número sem qualquer relevância estatística e, por outro lado, muitas haverá que não os tomam por dificuldades na sua aquisição.
Ana Matos Pires

Artur, o problema é que não há poço... Todos dizem que vão fazer um poço, mas no final, é o que se vê. Deve ser muito difícil fazer um poço...
Pedro Almeida

Os jornais "económicos" - devem ser aqueles em que as "fontes oficiais" mais confiam e vice-versa, salvo o dr. Marques Mendes - aparentemente já sabem o que se vai passar com os salários e as pensões. Ou seja, sabem mais - e menos dissimuladamente que o líder parlamentar do PSD - acerca do chamado "documento de estratégia orçamental". Para quem se fartou de incluir o termo "coesão social" em projectos de intervenções e em informações destinadas a membros do actual governo, a "perspectiva" soviética do referido "documento" é confrangedora para dizer o mínimo. E revela que nunca existiu qualquer projecto de "reforma do Estado" digno dessa designação.
João Gonçalves

Neste contexto, a Miss Swaps escolheu um cenário apropriado — uma visita à sede do FMI — para enviar um recado àqueles-que-não-se-estão-a-lixar-para-as-eleições no Governo: os cortes são para serem feitos. No dia a seguir, nas jornadas parlamentares do PSD, Luís Montenegro desmentiu-a: «Quero deixar aqui de uma forma clara. Vamos todos jogar limpo. Não é verdade que venham aí mais cortes de salários e pensões, mais cortes de rendimentos».
A resposta da Miss Swaps não se fez esperar: mandou convocar os jornalistas para um «briefing informal», no qual se deu conta das malfeitorias em preparação.
Passos Coelho, depois de fazer uma espécie de desmentido dos cortes, revela, uma vez mais, a sua reconhecida capacidade de liderança: «Por vezes assisto ao debate público no nosso país sobre estas matérias e penso que ele poderia ser mais sereno e mais informado do que é. Espero que os membros do Governo contribuam também para isso.» Mas disse mais: estando marcado para segunda-feira uma reunião do Conselho de Ministros para discutir precisamente o DEO, o alegado primeiro-ministro fez questão de informar o país de que desconhece a medida mais relevante que dele consta e que será então aprovado.
Miguel Abrantes
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores das redes sociais em cada semana.
LNT
[0.117/2014]

sexta-feira, 21 de março de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XV ]

Blogs
Há cerca de um ano, quando decidi perder peso e comecei a comer mais ervas e menos comida, a minha filha mais velha perguntou-me, ao jantar, porque é que eu enchia o prato com aquelas coisas verdes. Respondi-lhe que era para emagrecer, ao que ela me perguntou para que é que eu queria emagrecer e eu respondi que era para ficar sem barriga...
Veio um grande queixume, não queria que eu perdesse a barriga. Eu não percebia o desespero dela, mas a verdade é que ela teimava... gostava da minha barriga e não queria que eu ficasse sem ela. Estava quase a chorar enquanto insistia.
Nessa noite, depois do banho e antes de se ir deitar, enquanto brincávamos na cama, percebi o seu desespero. Uma das suas brincadeiras preferidas era sentar-se e saltar em cima da minha barriga. Era isto que ela não queria perder. E pronto, ser pai de duas miúdas com menos de 6 anos é mais ou menos isto, é ser-se perfeito.
Luis Aguiar-Conraria

A democracia é conflito, querelas e luta. Entre ideias, pessoas, ideologias e políticas. Querer que não haja "crispação" numa campanha eleitoral, para não pôr em causa o "necessário entendimento" após eleições, é simplesmente negar o fundamento básico da própria democracia. A democracia é o melhor sistema político que conhecemos, porque institucionaliza o conflito político, dando-lhe a possibilidade de ser totalmente realizado, sem que arraste consigo a violência que caracteriza a luta política em contextos não-democráticos.
Diogo Moreira

Melhor ataque, melhor defesa 7 pontos de avanço do segundo. Dúvidas?
Pedro Mendes Pinto

Preocupa-me que o Primeiro Ministro hoje vá a Berlim e em vez de ir escudado nos pesados sacrifícios e absurdas injustiças infligidas aos portugueses com tão desastrosos resultados, e ir armado do Manifesto, se apresente de novo de baraço ao pescoço a estender a mão à compaixão da suserana Merkel. Não é apenas por incompetência e por incapacidade diplomática para negociar na Europa e com a Europa, por Portugal. É por manifesta submissão aos interesses que estão a destruir Portugal e a Europa. É contra esses interesses que o Manifesto conseguiu demonstrar haver consenso em Portugal
Ana Gomes

Leio nos jornais que Paulo Rangel, o candidato das ideias portáteis, explora contradições entre Assis e Seguro. Comporta-se como uma coscuvilheira que, em vez de olhar para dentro de casa, e ver as contradições entre Portas e Passos Coelho, anda na má-língua a desancar na vizinhança. Com Paulo Rangel a campanha não vai passar disto: mão na anca, faca na liga, coscuvilhice e má-língua. Ideias zero.
Tomás Vasques
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores das redes sociais em cada semana.
LNT
[0.110/2014]

sexta-feira, 7 de março de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XIV ]

Blogs
Mas, infelizmente, como Streeck sublinha, nada nos diz que as alianças sociais que sustentam o Euro, e que na periferia incluem elites extrovertidas, as que gostam de moeda forte para viajar e importar bens de consumo mais ou menos conspícuos, não consigam manter um projeto que se aproxima cada vez mais de uma “operacionalização do modelo social hayekiano [anti-social-democrata] da ditadura de uma economia de mercado capitalista acima de qualquer correção democrática”
João Rodrigues

A crescente irrelevância do CDS, que surge cada vez mais como “Os Verdes” do PSD, fez uma vítima: Diogo Feio, até agora eurodeputado, foi despedido, porque o PSD pretende expedir a tralha passista (Fernando Ruas, Mendes Bota, Fernando Costa…) para Bruxelas (e o CDS não tem voz para se opor). Não é um problema que Paulo Portas não possa resolver. Procurando fazer crescer o CDS à custa do Estado, o chefe do «partido unipessoal» prepara-se para o arrumar numa dessas sinecuras que tem à mão.
Miguel Abrantes

A manifestação dos agentes da autoridade, por um lado, e os outros agentes da autoridade de serviço nas cercanias do parlamento a resistirem a exceder a proporcionalidade na contenção dos primeiros, por outro, revelaram o "estado da arte". As "elites" partidárias, no recreio, discutem dálmatas e o fantasma de Salazar (apesar de o fradinho do Vimieiro, com todos os seus defeitos, não ser comparável com estes emplastros) nos prolegómenos apeixeirados das "europeias". Batemos no fundo.
João Gonçalves

Ficou provado o quão desnecessárias e gratuitas foram as cargas policiais dos ultimos anos em manifestações no mesmo sítio. Afinal existem, como sempre me pareceu evidente, formas de contenção que não passam por varridelas a eito, basta ter, e uso palavras de um dos responsáveis policiais de ontem, "flexibilidade necessária".
Shyznogud

Leio nos jornais que Paulo Rangel, o candidato das ideias portáteis, explora contradições entre Assis e Seguro. Comporta-se como uma coscuvilheira que, em vez de olhar para dentro de casa, e ver as contradições entre Portas e Passos Coelho, anda na má-língua a desancar na vizinhança. Com Paulo Rangel a campanha não vai passar disto: mão na anca, faca na liga, coscuvilhice e má-língua. Ideias zero.
Tomás Vasques
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.087/2014]

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XIII ]

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se eu já mergulhei ali num tempo em que os esgotos eram despejados no rio e haviam mais cagalhões do que mujos, e se fui capaz de mergulhar no meio deles para tentar ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa, então sou capaz de me atirar de cabeça para qualquer merda só para chegar a Presidente da República.
o Jumento

Mãe no mimo "ó Rodrigo, tu és tão giro. Quem me dera ser uma miúda de 2003. Olha que não me escapavas". E ele todo derretido "ó mãe eu é que gostava de ser, eu é que gostava de ser de...de...mil novecentos e tal".
E é assim que uma pessoa se fica a sentir do século passado.
Francisca Prieto

Que Estaline tenha, numa só noite [!], deportado para a Ásia Central toda a população tártara da Ucrânia acusada de colaboracionismo com os alemães, não mereceu do PCP uma linha escrita quanto mais a condenação.
Que a Crimeia, uma república autónoma, tenha sido transformada por Estaline numa simples região e, posteriormente, integrada na Ucrânia durante o reinado de Khrushchov não mereceu do PCP uma linha escrita quanto mais a condenação.
Que o PCP, com mais ou menos descaramento e falta de pudor, tenha ido desenterrar Estaline de dentro do buraco para onde Álvaro Cunhal o tinha banido, cada qual que tire as suas conclusões.
A mim preocupa-me mais, muito mais, aquilo que o PCP não condena.
José Simões

Bom, acho que já me fiz entender. Agora, como as negativas não podem por definição ser provadas, não podemos afirmar que com um governo "de esquerda" que nos governasse "desde sempre", e fora do tal Bloco central, estes indicadores não estariam todos muito melhores. Mas como membro de um dos partidos que nos governa desde 1974 posso dizer: estes são os nossos resultados. Tens para a troca?
Vega9000

Estamos muito muito muito, mas muito muito muito melhor.
Estamos todos muito muito muito, mas mesmo muito muito muito melhor.
Estamos mesmo tão tão tão melhor, que nem percebemos quão tanto tanto tanto melhor estamos.
Muito muito muito, mas mesmo muito muito muito melhor.
Sofia Loureiro das Santos
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.080/2014]

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XII ]

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Quem o conhece bem, disse-me outro dia que o chefe do governo se "sente" como um evangelista de "igrejas" como a IURD (salvo o devido respeito) que, uma vez recolhido o dízimo junto dos suspeitos do costume, fica como que tomado por uma "visão" escatológica em relação à sua função de pastor milenar da pátria. Depois de ter conseguido, pelo menos na semântica, mudar o sintagma "acima das nossas possibilidades" para o "dentro" delas, Passos com certeza quer significar por "dentro das nossas possibilidades" coisas como "habituem-se a viver na nova normalidade". O que, para a maior parte das pessoas, quer dizer "habituem-se a viver com as vossas novas impossibilidades".
João Gonçalves

Não há festa nem festança sem a Dona Constança, nem privatização sem Arnault. É o que acontece com a privatização da Empresa Geral de Fomento, braço da Águas de Portugal para os resíduos sólidos urbanos.
Miguel Abrantes

Ainda sugeri ao Pedro e ao Filipe que continuassem por aqui, numa celebração metafórica do bonding masculino, mas não fui bem sucedido. Assim sendo, beijinho para ambos. A minha participação no Declínio termina hoje, dia dos namorados, com um novo apelo aos valores que sempre orientaram o testemunho cívico deste blog: vida frugal, família e natalidade.
Para os nossos leitores de direita ficam os votos sinceros de que nunca abandonem a posição de missionário. É o futuro. Para os outros, um agradecimento.
Luis M.Jorge

O nosso Fox está convidado para ir almoçar hoje a casa dos vizinhos. Prepararam-lhe um acepipe especial, só porque ele ontem desatou a correr todo estabanado para eles quando os viu a dobrar a esquina da nossa rua.
Portanto, estou a fazer para mim um arrozinho para acompanhar a carne aquecida que sobrou sei lá de que almoço de há quantos dias, e daqui a bocadinho levo o monsieur ao seu date.
E ainda há quem chame a isto "vida de cão".
Helena Araújo

Lembrei-me da relação entre princípios morais e acção política a propósito das inconfidências de Carlos César e Garcia Leandro. Se, em abstracto, na condução da acção política até nem me choca que um estadista, um político, possa ter uma conduta que viola princípios morais, já na esfera pessoal, salvo se estiver em causa um bem maior, tenho muita dificuldade em aceitar o mesmo tipo de comportamento.
Paulo Gorjão
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.059/2014]

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

5 - Blogoditos - 5 [ XI ]

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Depois veio a revolução e a democracia e a alfabetização e a democratização e massificação da educação, e os filhos dos técnicos das indústrias dos Alfredos da Silva, e netos do homem rural, analfabeto e ileterato da 3.ª classe, ficaram doutores e engenheiros e advogados e médicos e o Diabo a quatro, e começaram a ler e a pensar pela sua própria cabeça e a preocupar-se e a ter opinião [heresia!] e há que pôr as coisas no seu devido lugar. "Manda quem pode, obedece quem deve".
José Simões

Milhares de portugueses andaram a pedir facturas com o nome e o número de contribuinte do primeiro ministro. Agora, têm o resultado: vão sortear carros para quem pediu factura.
Tomás Vasques

O país agitou-se no apuramento de onde estava José Sócrates num certo sábado de 1966, em que deveria ter 8 ou 9 anos e decorreu um jogo de futebol importante para a mitologia nacional dos heróis do mar. É revelador de quem somos que um ex-Primeiro Ministro vasculhe a sua memória para relatar com precisão esse longínquo dia, que a imprena se mobilize para o fact-check de tão importante declaração e que o assunto se estenda por vários dias na imprensa e no comentário político, incluindo os mais nobres espaços.
Paulo Pedroso

Portugal, Espanha e Irlanda receberam por estes dias os favores do mercado financeiro como já não acontecia há muito. As taxas de juro que a Espanha conseguiu hoje foram as mais baixas desde a crise bancária. O Tesouro português já se deu por satisfeito por ter descido abaixo dos 5%, e o «mercado secundário» deu o seu aval à compra de dívida dos países recentemente sob suspeita de incumprimento. Até esta hora só falta algum analista de mercados- dos que sabem- explicar a preferência deste dia, e como os compradores se irão ressarcir.
José Medeiros Ferreira

Onde estão os imbecis e chantagistas, incluindo aquele de Bruxelas que cheira a peixe, que tantas vezes disseram que um chumbo do Tribunal Constitucional afastaria Portugal dos mercados? Se fossem gente honesta viriam agora a público para pedir desculpas aos portugueses que tentaram intrujar.
o Jumento
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.019/2014]

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ X ]

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afinal, é a própria Martinfer a afirmar que o contrato através do qual adquiriu os Estaleiros de Viana do Castelo se resume a uma mudança de nome dos gestores da empresa - entendendo que o argumento é suficiente para justificar que, dos 600 trabalhadores, apenas garantirá trabalho a cerca de 160!
Ana Paula Fitas

Ignorou o périplo que a dra. Albuquerque e o senhor vice andaram a fazer pelos credores a nível dito político. Só aprecia funcionários deles. No não dito, ficou claro, uma vez mais, que as pessoas são instrumentais e e meramente facultativas. O que importa é que, mesmo que elas não notem e não lhes diga respeito, há algures uma "economia a mexer" na sua cabeça. E, claro, já só lhe ocorre o próximo evento, o "programa cautelar" porque a dívida e a austeridade não perdoam. Quando for grande, quero ter aquela calma de morte. Boa noite e boa sorte.
João Gonçalves

Estou ainda a digerir as notícias de que Paulo Rangel poderá vir a ser o candidato de Pedro Passos Coelho nas eleições europeias. A confirmar-se é a minha linha vermelha e, muito provavelmente, para mim pelo menos, o fim de um ciclo.
Paulo Gorjão

Aparentemente mais fadado para carregar os tacos de Deus Pinheiro do que para administrar um banco central, fontes contactadas pela TSF fazem saber que o governador geriu com os pés um processo que exigia um tratamento com mãos de cirurgião e “temem prejuízos para a credibilidade do Banco de Portugal.”
Miguel Abrantes

Enquanto via a prestação do Coelho no compacto da TVI, não me saía da cabeça o livro de Gilles Lipovetsky “A Era do Vazio”. Na verdade , o homem de mão da troika em Lisboa é um lídimo representante do nihilismo que, como prenunciava Lipovetsky na década de 80, chegaria ao poder no século XXI.
Carlos Barbosa de Oliveira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.495/2013]

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ IX ]

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(...) hoje é dia para recordar que, tal como enviou condolências ontem «em nosso nome», foi também «em nosso nome» que, em 1987, enquanto primeiro-ministro, mandou que Portugal votasse CONTRA esta Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, que exigia a libertação de Mandela, então condenado a prisão perpétua. Não foram 50, nem 20, nem 10 os países que o fizeram, mas apenas três (como pode ser verificado neste quadro com o resultado da votação): Estados Unidos, Reino Unido... e Portugal. Cavaco, como sempre bem acompanhado, desta vez por Reagan e Thatcher. Já vieram alguns insinuar que o objectivo foi «proteger» a colónia portuguesa da África do Sul – atitude timorata e mesquinha, típica de um governante servil e também mesquinho, ontem como hoje e como será até morrer. E sobretudo, repito, sem vergonha na cara.
Joana Lopes

É também essa a razão pela qual a história será certamente pouco generosa com Cavaco. Porque ao contrário de tantas figuras históricas, algumas das quais portuguesas, Cavaco nunca arriscou a vida, a liberdade ou sequer o seu conforto, fosse ele material ou político, por algo em que profundamente acreditasse. E já será porventura generosidade excessiva presumir que acredita em algo, politicamente falando.
Não sei que epíteto a história lhe reservará. Mas o grande hipócrita é uma forte hipótese.
Nuno Oliveira

Creio que na tua religião não há santos, Madiba.
Julgo que na tua ciência, Madiba, os heróis são feitos das mesmas partículas e forças que estão na matéria de qualquer outra pessoa.
Hoje, no dia depois do teu passamento, Madiba, tens razão nessas tuas crenças: não há santos nem heróis disponíveis, porque todos os santos e todos os heróis estão hoje ocupados a admirar-te e a tentar ainda compreender quem és. Com saudades de seres único.
Quando eu crescer, Madiba, quando eu crescer o suficiente para saber quem és, quero compreender o segredo íntimo da humanidade: como é ser como tu, Mandela. Como um dia vai ser possível sermos como tu. Mandela, não te rias: deixa-nos sonhar. Tu, aquele que sonhou melhor e mais forte do que todos nós.
Obrigado.
Porfírio Silva

O problema das dicotomias em preto-e-branco, como a que é apresentada por Manuel Alegre sobre o "bom" e o "mau" socialista, reside em que muita gente (como o autor dests linhas) não se revê substantivamente em nenhuma das categorias, por concordar com alguns traços de uma e de outra e rejeitar outros tantos de ambas.
O maniqueísmo político raramente é bom conselheiro, muito menos dentro da mesma família política.
Vital Moreira

A banca dos anos noventa não queria que os poderes públicos regulassem a sua excelentíssima actividade, sempre na iminência de provocarem um «risco sistémico» que o terceiro-estado pagaria . Há leis anti-cartéis, mesmo na Comunidade Europeia, porque fora o Moedas e o Maçães os governantes de todo o mundo conhecem as tentações de manipulação dos mercados pelos liberais.Desta vez o foco da manipulação estava nos entendimentos sobre as taxas de juro da Libor e da Euribor. Dez enormes bancos foram investigados pela Comissão Europeia que multou 8, entre estes o Deutsche Bank, a Société General, o Crédit Agrícole, o britânico HBSC.
Esta foi a primeira decisão de sempre da Comissão Europeia contra infracções às leis da concorrência no âmbito da actividade financeira.É um sinal, ou um álibi? .
José Medeiros Ferreira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.480/2013]

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ VIII ]

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O Presidente da República - no dia em que a maioria aprovou o documento politicamente mais lamentável e mesquinho do seu mandato e que a levará ao fracasso - permitiu que se conhecessem os fundamentos que o conduziram a pedir a fiscalização da constitucionalidade do chamado regime de convergência das pensões. O que deu azo a que o Doutor Cavaco saísse, mesmo que por instantes, dos maus cozinhados "consensuais" em que se enredou desde Julho e que não terminam manifestamente em lado algum.
João Gonçalves

O governo confirma as suas invulgares aptidões para o negócio. Nunca será de mais relevar a invulgar mestria deste governo na arte de bem vender a coisa pública, uma mestria forjada nas artes do talhante. Desta vez são os Estaleiros Navais de Viana do Castelo, onde o governo voltou a fazer tudo como bem sabe: pegou na peça, abriu-a e separou carne para um lado e ossos para o outro. Pegou na carne e entregou-a a um grupo privado; os ossos - já se sabe - ficam para nós!
Business as usual...
Eduardo Louro

Todos sabemos que isto está mau. Até os miúdos mais pequenos sabem que isto está mau. Pior fica quando ouvimos barbariedades.
Eu ouvi: "a cultura não interessa para a promoção do país, o que importa são as empresas, promover as empresas lá fora e, já agora, não me fale de escritores." Posto isto, fiquei calada, como é bom de ver.
Temos as fronteiras mais antigas da Europa. Temos escritores e escritoras maravilhosos, poetas e poetisas. Como temos músicos, actores, etc e tal. E temos empresas e um mercado que está como está. A identidade nacional é feita pela cultura, nos vários âmbitos, ou estou enganada?
Patrícia Reis

Se compreendo a demissão do diretor nacional da PSP? Claro que sim. O problema é o precedente. Se isto de fazer asneira e pedir a demissão vira moda o país fica com um problema grave para resolver.
Rodrigo Moita de Deus

Não há medidas mais gravosas que medidas inconstitucionais. Porque uma sociedade decide imprimir na sua constituição os valores pelos quais se rege e quer reger. Ponto. E se uma medida viola algum desses princípios será sempre mais gravosa que uma outra que os não viole. Pode o Primeiro-Ministro ter a sua opinião sobre a constitucionalidade das medidas, como muitos de nós temos. Mas a deliberação do Tribunal Constitucional não é "uma" opinião. É "a" opinião. É a que vale, é a única qualificada, é a que produz efeitos. Uma medida declarada inconstitucional ofende princípios da constituição por mais que o Primeiro-Ministro pretenda que não.
Nuno Oliveira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.470/2013]

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ VII ]

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Um Regime Político está morto quando o Estado perde capacidade de encontrar salvação para o País que serve. Eis o que sucede à democracia partidária desta segunda República, dominada pelo rotativismo partidário de um bloco central de interesses, afinal o regime saído do 25 de Abril quando ele se estabilizou após o 25 de Novembro. Eis a repetição da história da primeira República que desembocou no 28 de Maio.
Ante isto, esta miséria e este vazio, só a Nação chamando a si, com a legitimidade de oitocentos anos de História, a condução dos seus destinos, em nome da Pátria dos portugueses, numa bela e que seja magnífica madrugada.
José António Barreiros

Considero excessiva a campanha anti-Pepsi que anda a correr por aí nos media e nas redes sociais. Até porque, é de prever, muitos desses activistas não hesitarão em beber umas Pepsis quando a empresa começar a distribuir a bebida gratuitamente, numa tentativa de evitar danos mais graves com o episódio CR7.
É que esta coisa do marketing não é para brincadeiras (e nunca se falou tanto da Pepsi, não é?)
João Espinho

vemos que, em 3 anos, as medidas de consolidação em Portugal – um país onde o peso da procura interna no PIB é superior, sendo por isso mais vulnerável aos efeitos recessivos da redução de despesa - atingiram quase €24 mil milhões, não muito longe do dobro do esforço irlandês. Se o ajustamento foi "violentíssimo", não sei bem como qualificar o português.
Hugo Mendes

Ontem «apanhei» a manifestação das polícias confederadas no Largo de Camões. Desde o início que foi uma grande manifestação. O trânsito foi oportunamente desviado com critério, o que não impediu a terceira-idade de subir a pé o espinhaço da colina que liga o Chiado ao Príncipe Real, dada a ausência de transportes públicos. Depois de ter ido ao lançamento do excelente livro com as reproduções dos «Quartos imaginários» de Nikias Skapinakis, ao qual cheguei atrasado pelos motivos conhecidos, regressei a casa numa Lisboa que ainda se amontoava de carros em fila. Vi pela televisão a cena da transposição, sem resistência e sem violência, das barreiras de segurança da AR. Houve a vontade dos manifestantes transgredirem durante uns minutos. Mas tudo se passou num clima de livre-trânsito corporativo.
José Medeiros Ferreira

Houve um "patetoide" que um dia tentou achincalhar-nos e dividir-nos. Teve ontem a resposta. A "geração grisalha" apesar dos anos passados ainda está presente para defender aquilo que conquistou para o seu país. Uma geração que apenas tem uma pátria que se chama Portugal, que não se chama nem Mercado nem Capital. Uma geração de valores intrínsecos gerados na luta contra um estado autoritário que, parece haver alguns, ainda por ele anseiam. Pobres tristes. Ainda não aprenderam que "Roma não paga a traidores".
Miguel Coelho
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.456/2013]

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ VI ]

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O staff do FMI em Portugal também já sabe que não faz a mínima ideia do que funciona, aliás, nota-se algum exercício de identificação de bodes expiatórios, aqui e ali (como se não fosse nada com eles). Mas o staff do FMI em Portugal é honesto a reconhecer que tudo está a falhar ou em grave risco (ainda que as justificações sejam de bradar aos céus, por vezes).
Ora reconhecido tudo isto, o staff do FMI continua a ser o staff do FMI e, apesar de não saber o que funcionará, sabe que tem de escrever relatórios recomendatórios para poder cumprir com as expectativas que emanam do respetivo contrato de trabalho. Logo, toca a manter o rumo! Um médico que só conheça um remédio, não precisa sequer de diagnosticar o doente ou a evolução da doença.
Se está doente, toma remédio. Aquele.
Rui Cerdeira Branco

No momento em que a Comissão Europeia vai abrir uma investigação aprofundada sobre o excedente externo da Alemanha, o seu presidente, um tal Barroso, não poderia ser mais explícito sobre os resultados que espera da investigação: “Gostaríamos de ter mais Alemanhas na Europa”.
Miguel Abrantes

Minudências à parte, tais como a separação entre o poder político e o poder judicial e a independência dos tribunais, é só a mim a quem isto soa mal?
«o procurador Paulo Gonçalves manifesta a intenção de "desanuviar o clima de tensão diplomática"»
José Simões

A Ramalho Eanes, e a alguns outros como ele, devemos mais de 30 anos de democracia. Devemos-lhe ainda a estatura que sempre mostrou, independentemente do acordo ou desacordo com as suas posições e decisões. Num tempo em que a descrença e o achincalhamento de tudo o que seja serviço público, a desesperança e o desalento minam a nossa sociedade, é importantíssimo que homenageemos quem é uma referência moral e ética.
Sofia Loureiro dos Santos

O FMI manda Portugal cortar nos salários e pensões a título definitivo; o tal português na CE, Durão Barroso, evoca a teoria do caldo entornado caso o Tribunal Constitucional chumbe as medidas (sociais) previstas no OE-2014.
Temos aqui, Barroso e Lagarde, os teóricos do empobrecimento absoluto de Portugal. Para todos os efeitos, Portugal não conta: não fala, não decide, não apresenta alternativas. Está caladinho, Caladinho.
É um sujeito surdo-mudo, à semelhança do comportamento do locatário de Belém, que é igualmente vergonhoso.
Não tenho qualquer espécie de dúvida em considerar que os historiadores do futuro irão qualificar as condutas, por acção e omissão, destes players como as mais criminosas da história política contemporânea no quadro geral desta Europa em acelerado processo de fragmentação política, destruição económica e com profundas assimetrias sociais.
Macro
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.443/2013]

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ V ]

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Estão os moçambicanos preocupados? Estão, com as escaramuças no centro e norte, com o que se passará nas próximas semanas até às autárquicas, com o preparar do ciclo eleitoral de 2014, com a criminalidade, constante nos bairros urbanos populares, agora re-irrompendo no centro burguês (na "classe média" como balbuciam os "leitores" da sociologia actual, "classe média" de quê?, porram outros). Estão os estrangeiros residentes (os imigrantes e os expatriados) preocupados, até alarmados? Estão, bastante. Está este jpt, bloguista, ainda por cima residente apeado, angustiado, de cenho (des)armado? Está, estou.
José Pimentel Teixeira

Albert Camus faria hoje cem anos se tivesse apanhado o comboio para o qual até já tinha comprado bilhete, em vez de aceitar aquela boleia fatídica que o levou aos 46 anos. Bem sei que se não fosse com este "se" teria ido com outro, mas este veio particularmente cedo.
Há pouco ouvi na rádio chamarem-lhe o Humphrey Bogart da filosofia. Depois fizeram umas citações, contaram umas historietas e tal, mas essa parte deixo aos jornais e a quem sabe. Eu fico-me pelo fait divers: Humphrey Bogart, hihihi.
Helena Araújo

Mas a nossa discussão não é abstracta. O que temos de saber é: no momento actual, é ou não possível recuperar o investimento sem relançar a procura? É aqui ou na descida de impostos sobre as empresas que deve estar a prioridade das políticas públicas, se o objetivo é relançar o investimento e o emprego?
Ricardo Paes Mamede

no essencial, a pequena descida da taxa de desemprego no 3º trimestre não resultou, infelizmente, do dinamismo da economia e da criação líquida de emprego no último ano (que não existiu - pelo contrário, houve uma destruição líquida de mais de 100 mil empregos) mas sim do efeito conjugado da emigração e da redução da população activa, esta última em boa parte explicada pelo facto de muitas dezenas de milhares de trabalhadores terem deixado de contar para os números do desemprego simplesmente porque desistiram de procurar trabalho (o que levou à sua reclassificação como "inactivos"). Esta conclusão não será tão agradável como as notícias pareciam à primeira vista. Mas tem a enorme vantagem de ser verdadeira.’
Pedro Silva Pereira

Para a UE, ter défices mais altos que o exigido é perfeitamente desculpável e compreensível caso o dinheiro tenha sido utilizado para salvar um banco. No entanto, se a mesma tolerância for necessária para fazer cumprir a lei fundamental do país, nem pensem nisso. A lei fundamental do país é, aparentemente, um empecilho a ser resolvido por todos os meios, pois é um luxo que neste momento não podemos pagar. Já os bancos, esses, são sagrados, e contam com a total disponibilidade financeira dos nossos parceiros para o que for preciso.
Vega9000
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.433/2013]

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ IV ]

Blogs
O Maduro da Venezuela antecipou o Natal para Novembro e está sendo gozado por isso. Por cá o Natal foi dividido em duodécimos.
Jumento

As habilidades de Portas com os soundbites não me impressionam, destinam-se a épater le bourgeois, neste caso os jornalistas. Mas habituado a estas flores de retórica, nem sequer pára para pensar no que diz. Para ele, a assinatura do memorando foi um 1580. Falta saber se ele entende que os amigos da troika, como o PSD e o CDS, que saudaram a sua vinda para Portugal fariam parte do "partido espanhol". Mas o mais interessante é quando ele considera que a saída da troika é um 1640. Então se é assim, ele que faz parte do governo da troika em Portugal, está bem posicionado para, junto com Passos Coelho, ser o Miguel de Vasconcelos. O Duque de Bragança é que não é certamente.
José Pacheco Pereira

Mais do que deixar a gema para o fim, guardados contra o hedonismo mal estudado, sabei que o supremo retardador do prazer consiste em deixar três romances a escassas páginas do final para, numa soturna tarde de sábado, cumprir, enfim, épico 'triplete'.
Bruno Sena Martins

Percebo a necessidade do Governo de criar fait-divers que desviem a atenção dos seus detractores do Orçamento de Estado e dos falhanços da sua política económica, mas julgo que deviam optar por pagar horas extraordinárias a Assunção Cristas em vez de dar rédea solta ao Crato. E por falar em Crato, já me gabei aqui de que a sua retórica pseudoantipoliticamentecorrecta "o eduquês é a morte do ensino" nunca me enganou? Nem por um momento sequer? É facto em que tenho razoável orgulho, até porque em política me engano muitas, muitas vezes.
Rita Maria

Numa sessão de esclarecimento sobre o OE2014, que decorreu ontem em Ovar, Nuno Crato terá dito que os sacrifícios que serão pedidos aos portugueses são indispensáveis, já que, sem eles,
«Teríamos de trabalhar mais de um ano sem comer, sem utilizar transportes, sem gastar absolutamente nada, só para pagar a dívida.»
Versão correcta:
«Teríamos de trabalhar muito mais de um ano sem comer, sem utilizar transportes, sem gastar absolutamente nada, só para pagar uma dívida que é absolutamente impagável.»
Mas não teremos. Muito antes disso, este governo cairá como um castelo de cartas tiradas de um baralho viciado.
Joana Lopes
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
Nota: Embora este Blog não seja a Venezuela, também aqui a 6º feira é quando um homem quiser (neste caso tapa o esquecimento da sexta-feira passada)
LNT
[0.428/2013]

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ III ]

Blogs
- Encontrem-me um pobre que não se manifeste. Palavra de honra.
- Está aqui este, senhor ministro de Estado. Estava a engraxar os pneus da vespa do Mota.
- Olhe cá: o senhor é me’mo pobre, pobre, pobre?
- Dizem que sim xotôr.
- Ai é? Ai é? Ora vamos cá: quando foi a última vez que comeu?
- Onte, xotôr. Uma côde de pão à ceia.
- Tá a ver? E diz que é pobre? É falso. O senhor calunia-se!
- Eu não me drogo, xotôr...
- Ó Jica: conte isto à Teté para ela não ir fazer figura de parva à SIC-Notícias logo à noite.
Filipe Nunes Vicente

"Os pobres não se manifestam nem vão à televisão!"
Suspirei de alívio. Afinal sou rico. Raras vezes perco a oportunidade de me manifestar na companhia dos ricos como eu. Abençoado país este, onde os ricos enchem o Terreiro do Paço para protestar contra um governo indigno que protege os pobres e chantageia os ricos.
Pena que neste mesmo país um pobrezinho se tenha vendido, em troca de um gabinete com vista para o Jardim Zoológico.
Carlos Barbosa de Oliveira

Medina Carreira e Alexandre Soares dos Santos em grande delírio na TVI 24. O empresário que paga impostos na Holanda para se safar melhor, fala em responsabilidade e sacrifícios. O que estes dois estarolas defendem é inacreditável. A argumentação é de um nível baixíssimo. Confrangedor. O fim do debate político é defendido às claras. Sem decoro. Judite de Sousa tenta confrontá-los com alguma razoabilidade. Reduzem-na a nada. Tratam-na por filha. Um nojo de gente.
José Teófilo Duarte

Aqui entre nós, não deixa de ser uma suprema humilhação para Portugal o facto de, nas revelações que vão surgindo sobre as espionagem pelos serviços secretos americanos a políticos de vários países, não ter aparecido a mais leve referência a Portugal.
Então ninguém escuta os nossos governantes? Ninguém quer saber o que eles dizem? Ou será que os americanos já conhecem o "guião para a reforma do Estado" e nós não? Estarão a copiá-lo?
Francisco Seixas da Costa

Talvez seja verdade que eliminando o conceito de fim de semana, criando dias de trabalho de 24 horas, etc, a economia crescesse desmesuradamente, o desemprego desaparecesse e houvesse riqueza para todos. Infelizmente para os economistas a sociedade é composta de pessoas que têm desejos, sonhos, necessidades, etc. É por isso que essas noções lunáticas nunca funcionarão. É um pouco como o comunismo científico: até poderia ter bases teóricas sólidas, mas enquanto tiver que ser aplicado em pessoas e por pessoas, nenhum sistema ideal funcionará.
João André
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.405/2013]

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ II ]

Blogs
A Maria Luís é uma pândega.
a ministra diz que o Governo tem uma continuada preocupação em proteger os mais desfavorecidos e garante que as medidas "são ponderadas com justiça e equidade".
Ana Cristina Leonardo

Entretanto parece que continuam as ondas de choque às declarações do nosso ilustre convidado de ontem, Mário Soares, e que já obrigaram Aníbal a sair da toca presidencial.
Parece que também um deslumbrado carreirista outrora líder da JSD, que na vida o que se lhe conhece é estar apenas e sempre pronto a surfar qualquer onda alheia veio exigir a criminalização de Mário!
António Colaço

E reitera que não sabe se Dias Loureiro e Oliveira e Costa eram militantes do PSD quando fundaram uma associação de bandidos com nome de banco. E reitera que o PSD não é o BPN e que o BPN não é a SLN e que a SLN não é ser ministro de Cavaco Silva. E reitera que aguentou até ao limite do possível Dias Loureiro porque fazer parte de uma associação de bandidos com nome de banco não tem nada a ver com ser Conselheiro de Estado. E reitera que espera que o deixem terminar o seu mandato com dignidade. Amém!
José Simões

Pedro Passos Coelho tudo fará para que a relação entre Portugal e Angola não seja abalada.
Rui Machete garante que se vai encontrar uma solução.
Luís Marques Guedes assegura que qualquer problema que surja nas relações entre Portugal e Angola terá um tratamento prioritário e adequado.
Em suma, falta apenas a jura de amor de Joana Marques Vidal.
Paulo Gorjão

Por que razão é que se permite uma conferência de imprensa de um membro do governo, em nome do governo, para se justificar a si próprio e anunciar de forma entaramelada uma medida única, cujos contornos, contexto e ligação com outras está longe de ser esclarecida? A única vantagem é ver Portas na patética situação de se entaramelar em explicações, sem sequer perceber até que ponto fica numa situação ridícula. Se há alguém no governo (e há) a querer ajustar contas com Portas está a consegui-lo na perfeição. Claro que à custa daquilo que antigamente, no tempo do Génesis, se chamava sentido de estado.
José Pacheco Pereira
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.388/2013]

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

5 - Blogoditos - 5 [ I ]

Blogs
Porque o PSD sempre foi assim. Algo muito semelhante à célebre curva do estádio José Alvalade, onde se concentram os adeptos do Sporting que vaiaram Figo e Rui Patrício, e que ao mínimo desaire acenam com lenços brancos em exigência à despedida imediata de treinadores.
Pedro Correia

Dia após dia, esta gente dá, em uníssono e de forma metódica, continuação ao massacre a que têm sido sujeitos os juízes do Tribunal Constitucional, perante o silêncio ensurdecedor do Presidente da República.
Miguel Abrantes

Afinal o"penta" do líder do CDS na noite das autárquicas referia-se não às minúsculas câmaras que arrecadou, mas aos cortes - a única "reforma do Estado", não vale a pena disfarçar mais - que vão ser aplicados aos trabalhadores investidos em funções públicas, no activo ou não.
João Gonçalves

Muitas tradições tratam certos objectos como entidades especiais devido ao significado que esses objectos acumularam no processo de partilha de uma história comum das pessoas nessa tradição.
Porfírio Silva

Se o comportamento de Machete tivesse alguma coisa de grave, em que língua, viva ou morta, existente ou por inventar, conseguiríamos descrever o comportamento de Passos, Portas e Cavaco?
Valupi
5 - Blogoditos - 5 é uma rubrica de 6ª Feira que transcreve citações interessantes de cinco autores de Blog em cada semana.
LNT
[0.374/2013]