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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Rosalino se tu fores à praia

No espetoÉ mais ou menos assim o início de uma canção, julgo que do Fausto, que o aconselha a ter cuidado, não lhe descaia o pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.

Mas Rosalino tem o pé de catraia sempre sujo de óleo e tem pressa, não vá o diabo tecê-las e os seus planos serem de novo suspensos, como já lhe aconteceu no tempo das decisões irrevogáveis de Portas, e o pezinho não lhe pára de saltar para a asneira.

Foi por isso que transformou a iniciativa dos trabalhadores da administração pública de se amigarem para rescindir, num convite irrecusável à moda dos padrinhos da mafia.

Cuidado, Rosalino, não te descaia o teu pé de catraia em óleo sujo à beira-mar.
LNT
[0.253/2013]

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Corte-se a eito


LâminaDeixem-me partilhar convosco uma dificuldade de todos os dias.
Não há Conselho de Ministros em que cada um dos Ministros não reivindique isto ou aquilo para o seu Ministério.
A dificuldade consiste em ter de lhes explicar que não pode ser e que há que cortar a eito para se atingir os objectivos da Troika, tentando sempre ir mais além deles.


Não terá sido exactamente isto que o nosso Primeiro disse, mas não anda longe. Quando o Ministro Gaspar der a próxima conferência de imprensa para anunciar mais uns quantos impostos há-de por os bracinhos no ar e explicar gestualmente que o que o nosso Primeiro queria dizer, era que existiam um monte de palavras entre a expressão "corte-se" e a expressão "a eito".

O conceito é:
se num hospital, para dar uma injecção, for necessário um enfermeiro, um algodão com álcool, uma seringa, uma agulha e 20 gr. de um medicamento, pouco importa saber se actualmente o enfermeiro se faz acompanhar de um auxiliar de enfermagem para lhe levar o material e de um técnico especialista em desinfecção para passar o algodão com álcool, tanto faz que a seringa seja em unidose ou se está numa embalagem de duas, idem com a agulha, e pouco interessa se os 20 gr. de medicamento estão individualizados ou se têm de se retirar de uma quantidade maior, inutilizando-a.

Corte-se a eito, isto é, acabem-se com as injecções nos hospitais.
É mais fácil, é mais barato, é mais além de, e dá milhões.
LNT
[0.441/2011]

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

1712, o número milagreiro das pérolas

Frascos com PérolasSó duas coisitas porque estou cheio de trabalho mas não quero deixar a página de hoje em branco.

Relacionam-se com os fantásticos números ontem anunciados (e hoje já publicados) pelo nosso Primeiro referentes ao "corta", salvo erro qualquer coisa ligada à poupança resultante de extinção de 1712 chefias (gosto especialmente da particularidade das unidades) e de 162 entidades públicas (na verdade 137 e parece não ser ainda desta que extinguem a Presidência do Conselho).

A primeira coisita diz respeito às chefias. Só para lembrar que na Administração Central do Estado, grande parte das chefias, principalmente a nível de Chefe de Divisão, recebem pelos seus lugares de origem uma vez que o vencimento do topo de carreira é superior ao de Chefe de Divisão. Façam lá essas contas como deve ser, não vão ter uma grande surpresa quando fizerem as contas da poupança. E, já agora, espero que esses cortes não sejam do género de, ao eliminar o número de Chefes de Divisão e Directores de Serviços, fazer criar lugares com a fórmula mágica "com equivalência remuneratória a Chefe de Divisão, ou a Director de Serviços". É que essa já é velha e, p.e., já foi anteriormente utilizada em organismos que fizeram o milagre de diminuir as chefias em quase 80% (coisa que causa grande impacto na AR e na CS) mas, bem vistas as coisas, passaram a ter mais chefes (em termos remuneratórios) do que tinham antes da redução.

A segunda coisita, ainda aproveitando a hora do almoço, diz respeito à extinção de "entidades públicas" sem especificar o tipo de entidades. Não vale contabilizar aquelas que já só existem no papel, ou aquelas outras em que, p.e, ao fundir três entidades numa só se passa a ter um conselho directivo com mais dirigentes de topo do que os que havia antes da fusão.
LNT
[0.378/2011]