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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Escritas de alterne – I Artes

Penteado em teiaÀs vezes sento-me aqui, feito basbaque, de tesoura na mão à espera que a inspiração me afague para vos dar algo para ler sem ser a fajardice do dia-a-dia.

Um barbeiro que se preza não se pode limitar a cortar as farripas de quem se ajeitar para tal. Tem de olhar para os escalpes como um escultor olha para um calhau e projectar a obra que dali poderá sacar.

Acontece que, nestes tempos que correm, nem com as pianadas da Maria João nem com os violinos de Chopin consigo cogitar obra a partir destas cabecinhas que desfilam pelo nosso bolso na esperança de pilharem mais uns cobres que os agasalhem na reforma.

Cada vez há mais guedelhudos e cada vez é mais difícil a tosquia assertiva resultante do desalinho dos trejeitos e redemoinhos de quem não aprendeu, em tenra idade, a fazer o risco ao lado.
LNT
[0.725/2009]