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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Deixar andar como no Chile


O Chile é um bom exemplo do que resulta do "deixa andar" enquanto o que for importante forem as portas do Parlamento, as tricas sobre o que é a direita, o centro-direita, o centro-esquerda, a esquerda e a União das esquerda(s) (coisa inexistente desde sempre e impossível porque a esquerda-urbana tenta ocupar o espaço da esquerda-tradicional e estas duas chamam direita a uma esquerda-social-democrata).

É o "deixa andar" das quezílias enquanto os salários são muito abaixo do nível de vida, as rendas são muito acima dos salários, a saúde é muito menor que o tempo de espera para a voltar a ter, a justiça é inviável para os justos, os idosos são mais que as crianças e mesmo assim as creches não chegam, nem os lares, e a cultura de um povo se confunde com arte que esse povo não entende porque não tem cultura para a entender.

O Chile é a miséria do "deixa andar" que prefere o prestígio internacional, as guerras e os conflitos dos outros, as cimeiras nacionais, internacionais, continentais, intercontinentais, as selfies, as vaidades e invejas, o poder de ser poder e não o exercer para melhorar a vida e dar-lhe qualidade dos que delegam o poder no poder.

O Chile não é na Europa, mas podia ser.
O clima do Chile é semelhante ao nosso só que no hemisfério Sul. Basta ir ao supermercado para ver que as frutas são iguais, só variam na época do ano.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.027/2019]

domingo, 10 de julho de 2016

Lusitânia paixão

Piriquitos e malaguetas

Acho alguma graça ao futebol, mas não sou adepto. Mesmo quando faço alguns comentários e lanço a passarada é mais numa perspectiva de picanço do que qualquer outra coisa.

Hoje torço claramente pela selecção da Federação Portuguesa de Futebol e, se tivesse um cachecol, até era capaz de o pôr ao pescoço quando me sentar frente ao plasma (há que tempos que não dizia/escrevia esta palavra. Não sei se ainda é usual fazê-lo).

E mais não digo, senão teria de repetir o Cristiano e sou pouco de usar a expressão “ca-sa-fouada”.

Vamos a isto que os franciús estão a precisar de reduzir o seu habitual chauvinismo a níveis de assertiva razoabilidade.

Quando acordarmos amanhã, independentemente do resultado que se venha a apurar, teremos de novo oportunidade de fazer por Portugal o que se espera que os onze marmanjos em cuecas façam, hoje, por todos nós.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.044/2016]

terça-feira, 17 de junho de 2014

Outra vez quatro a zero

SelfieCavacoNão, não foi só um jogo de futebol, como para aí leio. Foi uma multidão nas ruas que esteve especada frente aos grandes painéis espalhados por toda a parte, foram emigrados por todo o Mundo colados aos ecrãs onde se reuniram, Foi a Merkel a rir e a festejar mais uma vitória sobre os lusos. Foi o abandonar de todos os espaços onde estiveram reunidos portugueses, com o rabo entre as pernas como sempre fazem quando lhes vão ao bolso, à saúde, à educação ou às reformas.

Não, não foi só uma goleada de quatro a zero num jogo de bola. Foi mais uma porrada inaceitável e um atirar de culpas para "foi só um jogo de futebol", "o futebol é isto", "o árbitro foi ladrão" e um "correu tudo mal".

Porque tudo sempre há-de correr mal quando todas as condições se reúnem para que tudo corra mal, seja "só num jogo de futebol", seja na política nacional ou internacional, seja na irresponsabilidade com que se usa e mobiliza o sentir nacional.

Não, não foi só um jogo de futebol. Foi a falta de brio de uma equipa milionária que, tal como o poder que temos, se contenta com o pouco, poucochinho e que, tal como o maior partido da oposição, prefere dividir a reunir, sem se perceber que as equipas só serão vencedoras se as estrelas prescindirem do brilho individual.

Foram as bandeiras nacionais enroladas (que foram incitadas durante um mês para que se desfraldassem), foi a frustração, foi a perda e foi um objectivo nacional não alcançado (porque o bombardeamento da propaganda - selfies incluídas - tinha transformado o "só um jogo de futebol" numa conquista nacional).
LNT
[0.239/2014]

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Cooperação estratégica

RabosCavaco é perito nesta linguagem de trapos e se não foi ele que inventou o termo “cooperação estratégica” não deve ter andado muito longe de a ter ensaiado quando andou a passear por Angola há três ou quatro anos.

Agora o ditador angolano aproveitou a deixa e, no seu discurso à Nação angolana, elevou a fasquia e meteu a “cooperação estratégica”, seja lá o que isso for porque nunca foram enunciados os requisitos bilaterais de tal coisa, num pedestal para a fazer farol que ilumine os caminhos por onde nos é imposto andar.

As relações com Angola nunca foram flor que se cheirasse (até com os vistos sempre foi aquilo que se viu) mas há entre angolanos e portugueses interesses que vão muito para lá da mera cortesia e dos salamaleques da “cooperação estratégica”. Esses interesses que ultrapassam o sentido diplomático de cooperação entre Estados soberanos exigem mútuo respeito pelas leis que regem cada um desses Estados sendo de evitar desvios com laivos de subalternidade.

Cumpre-se assim o que aqui disse na altura em que Machete fez o lindo serviço de rebaixar a nossa democracia de poderes separados perante os senhores de Angola:
o que esta gente não percebe é que aqueles perante quem se agacham são os mesmos que nunca se agacharam perante os portugueses (nem antes, nem depois da independência) e que se entendessem o que é dignidade percebiam também que, até perante eles, ficam mal vistos
Andar no Mundo de chapéu na mão e de cabeça baixa só pode dar nisto.
LNT
[0.381/2013]

terça-feira, 5 de junho de 2012

O País que temos

Mocidade PortuguesaVivemos numa terra onde há condenados que não são presos porque têm dinheiro para empatar a justiça, uma justiça feita à medida do dinheiro de quem a ela recorre para que não se lhe consiga tocar e uma classe dominante que castiga (ou faz com que se auto-castiguem) as vítimas dos poderosos.

Não interessa fazer o rol das chafurdices. Todos sabemos quem eles são e todos andamos a pagar os desfalques que a ladroagem tem feito, ainda por cima culpando-nos (aos pagantes) de uma culpa que nunca tivemos e chicoteando-nos com a vergasta do empobrecimento para remissão dos pecados que não cometemos.

No jornal o Público também parece ter sido assim. Uma jornalista foi ameaçada por um alegado bandideco ainda em estado de presumível inocência e sob a protecção de um mentiroso compulsivo que tem fama de ser muito sério e a direcção do jornal entendeu divulgar o conteúdo da ameaça substituindo-se ao presumível bandideco na concretização do boato.

A vítima, Maria José Oliveira, acabou por se demitir. A direcção do boateiro mantém-se de boa saúde, o alegado bandideco, idem, o inverdadeiro superior hierárquico do presumível inocente, ibidem, e nós continuamos cantando e rindo como se a Bufa estivesse de novo aí para nos fazer saudar tudo isto de braço estendido, de camisa de caqui e com o forro dos bolsos virado do avesso para mostrar que já não temos nada lá dentro.
LNT
[0.291/2012]

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Αλέξης Ζορμπάς

NikitaO gesto de Papandreu que muito irritou as cabeças “bem formadas” foi uma pedrada no charco desta Europa que se deixa governar por botas cardadas e chinelos de tacão.

Finalmente alguém, que já nada tinha a perder, tratou de chamar a atenção de quem se arrisca a perder muito para o facto de que, mesmo em regime capitalista radical, a soberania dos Estados não é objecto de saldos. Pareceu louco, dizem, mas não foi sabujo, ao contrário dos suburbanos que por aí abundam.

Para Portugal, a loucura do grego foi ouro sobre azul. Durante uns dias o buraco da Madeira ficou tapado, o negócio do BPN pareceu uma brincadeira de crianças, os bandidos nacionais pareceram peças soltas e não uma teia cuidadosamente cerzida e a quadrilha da corrupção pareceu estar presa e não em liberdade.

Graças a Zorba até pareceu, por uns dias, que vivíamos em normalidade.
LNT
[0.498/2011]

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A terra onde o Sol já não nasce

Sol Arrábida
Chove.
Em Portugal chove e, a cada dia que passa, chove sempre mais.
Quando não é água que cai, são as medidas.
Do Sol não há notícia.
LNT
[0.342/2011]

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um murro no estômago

Apanhar papeisNem pensem que me vou meter com esta gente. Eles têm as suas metodologias, implementam-nas e monitorizam os resultados com ferramentas que não conheço, nem quero conhecer porque já me basta o que basta.

Sei que estas coisas podem ser divulgadas como se tudo não passasse de conversa de café em que, por palpite, se atiram umas atoardas. Sei que foi isso mesmo que quiseram fazer passar na comunicação social. Fazer-nos acreditar que há aí um grupo de gente que manda palpites e que esses palpites são só, como é costume em Portugal, umas bujardas cimentadas na maldade invejosa.

Não explicam as metodologias nem referem as métricas usadas. Fazem crer que tudo isto é só conversa, mas não é.

Sobre o papel que o espaço Euro deve desempenhar como auditado e dos instrumentos implementados para verificar a qualidade das auditorias que a ele, ou a algum dos seus membros, são feitas para que possa ser apresentado o contraditório, nada. O velho continente quer viver o capitalismo e os capitalistas, para que ele viva, usam os mecanismos que aconselham os seus associados.

O Governo Passos Coelho/Paulo Portas queixa-se de ter levado um murro no estômago. Espera-se que não tenha o estômago fraco porque, quando defendeu os tais "mercados", devia ter tratado de fortalecer os músculos que lhe protegem as entranhas.

Estavam mesmo a pedi-las e escusam de mentir porque a transparência e a verdade que prometeram aos portugueses não se compagina com declarações ( (...)que a agência norte-americana "não terá tido em devida conta" o consenso político entre os três partidos (PS, PSD e CDS) que se comprometeram com (...)) e com a verdade evidenciada (Moody's acknowledges that its earlier concerns about political uncertainty within Portugal itself have been largely resolved...).

PS. Quanto a coerência ficam dois ditos de quem tem fama de nunca ter dúvidas nem nunca se enganar. Façam os vossos juízos.
"A retórica de ataque aos mercados internacionais não cria um único emprego, nós devemos fazer o trabalho que nos compete por forma a reduzir a nossa dependência do financiamento externo sempre com uma grande preocupação de distribuir com justiça os sacrifícios que são pedidos aos portugueses"
Aníbal Cavaco Silva
Novembro de 2010


(Cavaco Silva) "
congratula-se com a condenação da atitude da agência de notação financeira Moody's por parte da União Europeia, de instituições europeias e internacionais e de vários governos europeus"
Aníbal Cavaco Silva
Julho de 2011

LNT
[0.255/2011]

terça-feira, 24 de maio de 2011

A Dona Branca global

Dollar, beijoOlhando para a Grécia há quem aponte o FMI como o causador da desgraça.

Não me parece que esta seja a realidade até porque o Fundo Monetário Internacional consegue ser mais generoso do que os outros parceiros europeus que, por concederem a parte maior dos apoios que se destinam a proteger os membros da União (e do Euro), deveriam ser menos usurários.

A questão reside no facto de não abrandar a pressão dos "mercados" sobre os países que lhes estão na mira com a intenção de que esses estados consigam dinheiro (como fizeram e continuam a fazer em Portugal), para poderem continuar a comprar outro dinheiro nesses "mercados" ao preço que eles próprios estabelecem.

Jorge Sampaio falou um pouco de tudo isto numa entrevista que deu na semana passada na SICn. Dizia Sampaio que lhe parece um erro entrar num banco para pedir um empréstimo e começar por insultar a instituição a que se está a recorrer. Acrescentava ainda que o erro seria maior se, na altura do pagamento, se voltasse ao banco e, para início de conversa, se desse um par de chapadas na entidade com quem se queria renegociar a dívida.

O que Sampaio não disse foi que o banco se financiou à custa de cada um dos seus clientes (pedido externo a pagar pelos contribuintes cuja parte reverteu directamente para si acrescida de outra parte que serve como garantia) e que depois, empresta esse financiamento ao cliente, que já o está a pagar, cobrando por ele mais um tanto.

Quem comprou o dinheiro vai ter de pagar duas vezes, como se por duas vezes já não bastasse ter de nascer.

São estes, os tais "mercados". Emprestam dinheiro com juros para que se lhes compre dinheiro com juros mais elevados. Um carrossel de finança que enriquece uns e torna os outros miseráveis e que só parará quando os especuladores forem obrigados a parar.
LNT
[0.184/2011]

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Grifes

Cegonha passadeiraOs povos também têm as suas grifes.

Como vi há pouco, quando um peão olhou com arrogância para a grelha do meu carro que parou (dever) para o deixar passar na passadeira (direito) onde entrou sem sequer olhar para o lado (arrogância, descuido e estupidez).

No trajecto que fez com o vagar de quem tem o pequeno poder de fazer todos os outros esperarem (direito), descascou um maço de tabaco e deitou o celofane e a prata para o chão (civismo), escarrou duas vezes (civismo) e mostrou o maior-de-todos erecto, entre o vizinho e o fura-bolos vergados (educação), ao automobilista distraído que fez chiar os pneus para não lhe acertar com o pára-choques.

Aproveitou ainda para mandar, do seu aspecto javardo e andrajoso, à miúda que ia no passeio para o liceu, um: "comia-te toda". Esqueceu-se de coçar os tomates.

A postura é a marca, o direito é o que basta.
Grande besta!
LNT
[0.360/2010]

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O clima da coisa

Núvem
Segundo o Instituto de Meteorologia a temperatura do ar em Oslo é de 12º graus e o céu está temporariamente muito nublado.

Oxalá não rebente a borrasca e o granizo não seja de bolas pequenas.
LNT
[0.301/2010]

sexta-feira, 13 de março de 2009

Botão Barbearia[0.215/2009]
Tim Berners-Lee (act)I*Net 2001

Desculparão a imodéstia.

Acabo de ver que a WWW faz hoje 20 anos.

Há 11 anos o Peter Balikó e moi même (ainda não sonhava ser barbeiro) inventámos a implementação da área fiscal portuguesa na WWW, criámos e implementámos (com a equipa reduzida da Celeste, Guida, Isabel, Cristina e Ana) para o universo fiscal global uma coisa desconhecida que se chamava eMail e ensaiámos o pearing Telepac (PT)/Global Network Services (IBM)/SIBS.

Os Directores-Gerais que o permitiram têm nome: António Cavalheiro Dias pela DGITA e António Nunes dos Reis pela DGCI. O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais também tem nome: António Carlos Santos, assim como o tinha o Ministro das Finanças: António Sousa Franco. O Primeiro-Ministro chamava-se António Guterres.

Tudo mudou desde aí. Hoje os contribuintes declaram os seus impostos 24/24horas sem estarem sujeitos a filas de km nas Repartições, consultam os seus cadastros fiscais e interagem internacional e electronicamente na área aduaneira. Os Serviços da administração fiscal usam a WEB da rede RITTA, trocam informações e ficheiros instantaneamente e servem os cidadãos de forma impensável há uns anos.

Isto é Portugal no seu melhor.
LNT
(Act) Retirei o último parágrafo que estava neste texto por ter entendido que nada acrescentava e poderia vir a ser motivo de ruidos indesejáveis.
Rastos:
USB Link
-> CERN World Wide Web

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Botão Barbearia[0.941/2008]
Ajustes da HistóriaBeechcraft.jpg

Foi interessante ler a entrevista que o nosso vizinho Pedro Correia fez ao General Pires Veloso.

Percebe-se que o Vice-rei do Norte queira alguma polémica com a tentativa de re-hierarquizar na importância da acção desencadeada no 25 de Novembro de há três décadas uma vez que, estando a vida pela hora da morte, esta polémica é capaz de impulsionar a venda de mais uns volumes do Memórias e Revelações, em época de Natal.

Por acaso até posso confirmar que a Força Aérea estava atenta, pelo menos a que integrava o Curso de Pilotos Aviadores que ficou mais ou menos de prevenção sentado nos pára-quedas junto à placa de São Jacinto enquanto o comandante descolava para umas passagens e passaradas num velho Beechcraft de fotografia aérea. Nas notícias da noite, disse-se que um bombardeiro tinha sobrevoado Coimbra.

Estivemos perto da guerra civil, é verdade, embora a maior parte das pessoas que conheço não se tenham apercebido disso, mas dizer que ela se evitou pelos bons ofícios de Cunhal e Costa Gomes (esquecendo, entre outros, os Comandos de Jaime Neves) parece-me ser manifestamente exagerado, mesmo para quem seja sobrevivente de um acidente de helicóptero e mais tarde tenha sido derrotado por Ramalho Eanes na corrida a Belém.

Enfim, mais um livro de estórias para juntar à pilha que terei de ler no toldo da praia de Altura, no ano que vem.
LNT
Rastos:
USB Link-> Diário de Notícias Pires Veloso / Pedro Correia - Costa Gomes e Cunhal evitaram guerra civil em Portugal em 1975

-> Corta-fitas Pedro Correia

terça-feira, 10 de junho de 2008

Botão Barbearia[0.509/2008]
O dia da raça

No dia da Raça e de Camões "exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias"
Conceição Meireles

Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas".
Cavaco Silva, Junho de 2008


No dia da Raça e de Camões "exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias"
Conceição Meireles

Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas".
Cavaco Silva, Junho de 2008


No dia da Raça e de Camões "exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias"
Conceição Meireles

Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas".
Cavaco Silva, Junho de 2008

A raça de lá irmos cantando e rindo, levados, levados, sim!

LNT

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Botão Barbearia[0.507/2008]
Ainda recordações
e porque amanhã é 10 de Junho
10 de Junho


A coisa passava-se a preto e branco, como era a TV da altura e, de resto, quase tudo o que havia em Portugal.

Companhias, pelotões e esquadras dos três ramos das Forças-Armadas, Comandos, Pára-quedistas, Fuzileiros e Rangers, (não me recordo se também) representantes dos Pupilos do Exército, do Colégio Militar e da Escola de Odivelas, a Tribuna das Altas-Patentes-do-Estado, os lugares de destaque para os Escudo Moçambiquecondecorados e para os familiares que iriam receber as medalhas a título póstumo, a Sagres e uma ou outra corveta ou draga-minas fundeados ao largo do Cais das Colunas para a salva de canhão, a passagem de uma formação de T6 e outra de Fiat.G e as vozes intercaladas de Pedro Moutinho, Fernando Pessa, Henrique Mendes ou Fialho Gouveia a relatar na Rádio o que se imaginava, ou a comentar na TV aquilo que se via.

António e depois Marcelo, o Almirante Américo, a 1ª dama Gertrudes, o Cardeal Cerejeira, os Henriques, os Rebelos, as Supicos e outros, distribuíam colares e medalhas, faziam por esquecer os mutilados, apelavam à Pátria una e indivisível, de aquém e além-mar, no dia da raça, de Portugal e das Colónias.

Soluços para Goa, Damão e Diu.

Tudo a preto e branco, tal como ficou na memória.
LNT

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Botão Barbearia[0.043/2007]
O País Madeleine

Perdido entre o amor e o ódio, o palpite e a adivinhação antes popular e agora, na fase esotérica, em julgamento de eruditos que nunca perdem uma oportunidade para nada acrescentar, os mesmos e os filhos destes que antes davam vivas no Terreiro do Paço e no dia seguinte o faziam no Largo do Carmo, o País Madeleine segue de vento em popa e debita, debita sempre, sobre o que se diz porque alguém disse.

O País Madeleine ultrapassa fronteiras, contamina Papas e Reis e expande-se até aos confins da alienação ainda mais trágica do que a do País Diana que o antecedeu.
LNT