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quarta-feira, 18 de junho de 2014

E depois de nós

CanasEsta nódoa negra que se está a espalhar faz antever um derrame muito mais profundo do que a mancha que se vê.

As organizações políticas são maiores do que a soma das partes que as compõem e só fazem sentido quando essas partes respeitam as regras de funcionamento em vigor e se centram nos princípios comuns que definem os pressupostos, objectivos e as metas a atingir.

Se o carisma dos líderes escolhidos para levar a bom porto os objectivos em conformidade com as metas desenhadas é um dos requisitos exigidos, porque o poder, em democracia, só é exercido por quem a ele acede, a agregação de vontades decorrente da contagem dos votos que atribui esse poder exige que todas as partes contribuam para a afirmação dos escolhidos.

Assim não foi e a hemorragia espalha-se.

O derrame tem de ser estancado antes que seja necessário uma flebotomia. Sabe-se que o sangramento enfraquece e já lá vai o tempo em que se acreditava que era através dele que se fortalecia, renovando o sangue.

Se a vitória não bastava, por curta, havia que acrescentar, nunca diminuir.

E depois de nós, como dizia a senha para a liberdade, o adeus, o ficarmos sós.
LNT
[0.244/2014]