sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ganda treta, Toni

Vaca

Ganda treta essa do pâncreas com bichesas dar cabo da vida a um gajo como a naifa do talhante já tinha afanado a da vaca que te deu o colete.

A solidinidariedade comendadoreira com que te agranciaram foi do camandro, oh catano, oh caneco!, um supônhamos do semi-pós-modérnico condecorativo para te circunspectear o finishing.

Como dizias ao Zézé no Carlos Alberto da Franguesia de Benfica..., ora, fosca-se!

Não deixaste nada por dizer mas ficou muito mais por fazer.
Agora descansa, chavalo.
LNT
[0.269/2010]

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Registos

Audiência do PR à CE das CCTM


Com a entrega do relatório final das CCTM ao Presidente da República, que foi também o Presidente da Comissão de Honra das Comemorações do Centenário de Tito de Morais, dão-se por encerrados os trabalhos da Comissão Executiva que tive o prazer de coordenar.

Com este concluir selou-se igualmente o Blog da Comissão Executiva das CCTM ficando os seus conteúdos disponíveis para todos os interessados. Há por lá muito material informativo sobre a resistência e sobre o período pós 25 de Abril.

A divulgação do Blog poderá ser uma boa ajuda para os estudiosos da matéria.

A Comissão Executiva concretizou todas as suas principais acções planeadas. Ficam registos importantes, sejam multimédia (documentário "Antes quebrar que torcer") e publicados (Biografia, Fotobiografia e Portugal Socialista). Ficou um busto de Tito de Morais no espaço público. Ficou um registo de relevo na Assembleia da República e outros que poderão ser sempre recordados no Blog da Comissão Executiva das CCTM (inclusive o Relatório ontem entregue ao Presidente da República).

Fez-se a passagem de testemunho. Fez-se a evocação da ética e dos princípios que nunca deverão ficar ausentes do espírito de quem exerce função pública.

Missão cumprida.

As acções que se seguem serão já incumbência da Associação Tito de Morais que foi constituída no âmbito destas comemorações.

A todos os que connosco colaboraram deixo especiais agradecimentos. A todos os que participaram e se envolveram os meus parabéns.
LNT
[0.268/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLXIV ]

Porto de Galinhas

Porto de Galinhas - Brasil
LNT
[0.267/2010]

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Fortíssimo

BoteroIa-se concentrando com o objectivo de não deixar escapar a mensagem que tinha para transmitir. Convencia-se que aquilo era coisa que muitos observariam, que poderia influenciar alguém, que poderia ser objecto de análise nas conversas entre o café e o pastel de nata. Tinha a certeza de que limparia o nome.

Suava como se sua sempre que há coisa tão importante para fazer. As palmas das mãos estavam em estado deplorável para o cumprimento e não havia por ali um copo de gin tónico para as arrefecer. Salvava-se na concentração e na ideia de saber as respostas correctas. Tinha esquematizado todas as questões possíveis, estava pronto e como lhe cabia abrir a conversa sabia por onde seguir para alinhar o que queria que viesse ao seu encontro.

Sentou-se na cadeira com os holofotes apontados, a menina dos pós passou-lhe o pincel dos abafa-reflexos na cara, fizeram-lhe o sinal combinado e fixou os olhos na objectiva conforme tinha antes planeado para dar a ideia de que comunicava com quem estivesse do lado de lá mesmo não sabendo se falava para pessoas saudáveis, doentes, pedrados ou detidos.

E ficou por ali mesmo. Afónico, inexpressivo, sem reacção. Foi uma morte em directo. Nem nas suas melhores previsões lhe tinha passado pela ideia que o impacto da sua actuação seria tão forte.
LNT
[0.266/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLXIII ]

Sea World

Sea World - Orlando - USA
LNT
[0.265/2010]

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Tatú subiu no pau, é mentira de você

BurroHá por aí um daqueles novos pacotes legislativos de encher o olho que determina aos organismos públicos que aprovem os seus planos anti-corrupção.

Estes planos implementados darão relatórios a ser enviados a uma entidade que os há-de analisar.

Quem faz esses relatórios é alguém que, não sendo independente, tem um martelo com uma almofada adaptada para a manha do martelanço.

O esboço de sorriso está moldado para fazer crer que estamos a tratar de medidas sérias de combate a um crime que, em altura de crise, ainda é mais criminoso porque determina insuficiências a serem cobertas pelos bolsos do costume.

Mas não chega. Os planos anti-corrupção são desenhados por quem tem de ser monitorizado. Não é uma suspeição, é a constatação de que quem vai ser controlado determinou anteriormente as regras de controlo, desenhou as checklist e as baterias de questões.

Para que servirá, senão para levantar pó, um plano anti-corrupção estruturado pelo eventual agente corruptor?

O País do faz-de-conta segue dentro de momentos.
LNT
[0.264/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLXII ]

Dr. Jivago; Violino no Telhado

Filmes de vida - Por aí
LNT
[0.263/2010]

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma estrelinha que os guie

ChimpazéNão deixa de ter graça que os políticos agora queiram dar o exemplo com a moral que aplica aos outros as mezinhas que sabem não serem boas para si.

Enquanto se observa que a Administração, direcções-gerais e quejandos, continuam em roda livre, estoirando o dinheiro numa sofreguidão estranha de quem observa que o saco está quase vazio e entende que é preciso sacar-lhe o que resta, nos gabinetes prepara-se a debandada com os cortes que os políticos do contra lhes impuseram.

Se alguém me explicar o que vai um técnico experimentado fazer para um Gabinete quando pode ficar no seu lugar a ganhar mais com muito menos trabalho e responsabilidade...

São medidas cretinas como estas que perpetuarão os medíocres na política. Gente que, por não ter sustento do mundo do trabalho, acha que os lugares de gabinetes são o maná. Claro que o que vão arranjar é que gente cheia de nada ocupe posições de onde sairão, cada vez mais, toda a espécie de imbecilidades em forma de lei, ou noutras parvoíces que já se vêm por aí.

Enquanto a politicagem anda distraída a máquina trituradora continua, pela calada, a esvaziar os cofres do Estado em inutilidades e a encher os bolsos das suas clientelas.

É o fartar vilanagem. Nada tem de se implementar, até porque a sucessão de compras é tão rápida e até contraditória que nada é implementável. Comprar, comprar até que a alma lhes doa e antes que os profissionais da politica se apercebam que os grandes esbanjamentos não são com os vencimentos mas com as negociatas que enchem as prateleiras da Administração com a cangalhada que mais estiver na moda e lhes dê mais "status", principalmente se for tecnológica.

Portam-se como aqueles imbecis que não sabem usar mais do que 1% das funcionalidades que têm no telemóvel mas correm a comprar outro assim que é anunciado um com mais funcionalidades que nunca usarão.

Como o dinheiro não é deles e como quem os devia enquadrar anda em jogos de salão a tentar tapar o Sol com a peneira, nós empobrecemos e não entendemos como há tantos novos ricos (pobres) a encher as estradas com estrelas, argolas, letras e cavalinhos.
LNT
[0.262/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLXI ]

Ilha Deserta

Ilha Deserta - Algarve - Portugal
LNT
[0.261/2010]

sábado, 17 de julho de 2010

Volto já!

Volto já

LNT
[0.260/2010]

Sucessos

Fita Margarida
Diz-se que isto de ser pai (ou mãe) é coisa para uma vida inteira. Os objectivos atingem-se, o médio e longo prazo são característica, o planeamento das acções é flexível/rígido (parece um contra-senso) e a monitorização dos desvios eficaz.

Um verdadeiro processo de melhoria contínua, sem fim, pelo menos enquanto o fim não chegar para quem se mete nesta tarefa da multiplicação.

Pela parte que toca ao barbeiro, fica cumprida parte substancial da missão com a entrega, também à caçula, do instrumento que lhe permitirá fazer pela vida. Foi o esforço dela que o conseguiu, espera-se que para o emprego, obtendo a habilitação que lhe permitirá segurança mínima e muito trabalho, do bom, daquele que forma, que honra, que educa e faz crescer os mais pequenos.

Uns pais babados que hoje vêem a Margarida seguir em frente.

Um trabalho conjunto recompensador do muito esforço de quem fez e de quem lhe permitiu que fizesse.

Agora um pouco de descanso.

Volto já.
LNT
[0.259/2010]

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A vida inteira

Torquato da Luz - Espelho Íntimo
Quando a manhã chegar e tu voltares
com o intenso cheiro a maresia
que usas deixar em todos os lugares
por onde passas, pura poesia
ou perdida lembrança dos olhares
que surpresos trocámos algum dia,
vou apertar-te ao peito de maneira
que fiques a meu lado a vida inteira.

Torquato da Luz
Espelho Íntimo
Torquato da Luz lançou o seu último livro de poesia – Espelho Íntimo – no passado dia 26 de Maio, na Barata, em Lisboa. Foi-me impossível estar presente e agora que me preparava para o ir buscar para juntar aos outros livros que estão dentro do saco das férias, o estimado autor fê-lo chegar pelo correio com a assinatura da sua simpatia.

Torquato da Luz é lido no Ofício Diário, onde divide connosco a poesia que lhe escorre da caneta. Tem vasta obra publicada e um currículo invejável na comunicação social e na academia.

Mais uma honraria de um cliente ilustre a inscrever, com gratidão, nas paredes desta barbearia.
LNT
[0.258/2010]

Door's dream

Portas RumsfeldQuando Paulo Portas implora que lhe dêem um novo Ministério, seja do Mar ou das Barragens Agrícolas e da Lavoura desde que lá possam emergir os submergíveis que comprou, nota-se aquele ar preocupado que ele gosta de pôr quando se aproxima das barracas de K7 pirata para beijocar o agente da economia paralela que as comercializa.

Ele já não aguenta aparecer sempre com o mesmo cenário que lhe arranjaram na Assembleia da República. Tem saudades das varandas do Forte de São Julião, da piscina, da guarda de honra e dos salpicos da maresia em dias de borrasca.

O Paulinho sonha alto o sonho que tem tido em surdina: "Sócrates, vai-te embora! Nomeia um substituto e faz-me vice de um Governo que tenha por versa, Passos Coelho. Fá-lo em nome dos altos serviços que prestei aos States e que foram devidamente recompensados com a condecoração de Rumsfeld"
LNT
[0.257/2010]

terça-feira, 13 de julho de 2010

Trinta e quantos?

Caranguejo

Quando ela se preparava para sair à caça de um qualquer estupor entrou-lhe pela vida uma garrafa de gin com um caranguejo lá dentro. O crustáceo seguro da sua concha mexia-se pouco, divertido com as bolhinhas explosivas do quinino e do ácido da citrinagem que o envolvia.

Fazia curto tempo que perdera a ponta das asas e apercebia-se que já estava na calha para que lhas cortassem ainda mais rentes. Pensava ser da natureza dos caranguejos não voar, sabia ser seu costume andar de esguelha e que para o fazer havia sido dotado com visão periférica de larga abrangência.

Sabia que aquela maresia o ia quilhar. Mas não sabia, não podia na altura saber, que não são as asas que fazem os caranguejos voar e que mesmo baixinho, quase a rapar, ninguém glissa (*) tão bem como eles quando preferem um aquário ao mar.
LNT

(*) A glissagem deve ser iniciada e terminada com comandos suaves e simultâneos do mancho e de pedal. O que causa o aumento da razão de descida é a inclinação da asa que provoca uma perda de sustentação da aeronave. A função do pedal contrário é nada mais do que manter a recta, uma vez que a aeronave tenderia a voltar para o lado da inclinação da asa.
[0.255/2010]

Um post à RCP

LNT
[0.254/2010]

segunda-feira, 12 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

Baliza

Sara CarboneroPolvos, periquitos, crocodilos, tudo serve para se conseguir adivinhar o resultado que esta tarde vai dar o título de campeão do mundo à Espanha, ou à Holanda.

Mas a coisa podia ser já mais clara se perguntassem à Señorita Sara Carbonero se o namorado iria defender a honra da baliza espanhola fazendo com que lá nada entrasse a não ser o prémio que ela lhe dará no regresso a casa com o caneco no bolso.

O periquito vira cartas, o polvo escolhe bandeiras, o jacaré morde a carne e a Señorita Sara Carbonero suga o esparguete que na ponta tem assegurada a vitória.

Com uma guarda-redes destas não há dique que resista.
LNT
[0.252/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLIX ]

Margarida e Sara














Margarida e Sara - Sevilhanas - Teatro Armando Cortês - Lisboa - Portugal
LNT
[0.251/2010]

sábado, 10 de julho de 2010

No fio da navalha

Orelha PiercingTerminadas as Comemorações do Centenário de Tito de Morais esta barbearia regressa à sua habitual função.

Deixa de lado os muitos clientes ilustres que por aqui andaram e volta a preocupar-se com coisas comezinhas, como o bem-estar das nossas colaboradoras mais rechonchudas e com a satisfação da estimada clientela fiel, mesmo aquela mais orelhuda que de vez em quando sente o fio da navalha a afagar-lhe os lóbulos.

O calor convida a pôr os pezinhos na água mas o final do primeiro semestre que antecede o ripanço à sombra do toldo, obriga ao cumprimento dos objectivos ainda não atingidos. Por isso, a assiduidade da escrita continua condicionada e durante os mergulhos ficará suspensa porque, como sempre, as férias incluem a abstinência de bits.

De tesoura em punho, gravata no cabide e mangas arregaçadas, escancaram-se as portas.

Haja engenho e arte e que a clientela não falte.
LNT
[0.250/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLVIII ]

Hermitage
Hermitage - Palácio Ajuda - Lisboa - Portugal
LNT
[0.249/2010]

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Esta viagem a Tito de Morais é uma passagem geracional de testemunho

Portugal Socialista Poder imaginar Tito de Morais com cem anos a partir da memória de há trinta e seis é um exercício difícil para quem com ele partilhou a energia verde do olhar e vermelha dos cravos, da solidariedade e da fraternidade que sempre distribuiu a quem com ele se cruzou.

Imaginar o País que ele queria e por quem nunca vacilou no seu querer, é colocarmo-nos num patamar de progresso social e económico ao nível das democracias sociais da Europa do norte, modelo de desenvolvimento que o Tito ambicionava para o Portugal moderno, afastado da miséria e da desigualdade contra a qual lutou e que lhe custou a diáspora, o exílio, a prisão, a tortura e o afastamento dos seus.

Imaginar a civilização e a cidadania que Manuel Tito queria, quando se bateu no Governo pelos direitos dos trabalhadores e na Assembleia da República pela dignificação pela ética, pelo trabalho, pelo esforço e pela humildade dos representantes do povo, é entender a lógica e a determinação, que alguns apelidavam de teimosia, de um pensamento claro e dirigido ao serviço público, à abnegação, à valorização da coisa política e do bem comum.

Esta Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais teve por objectivo promover um conjunto de acções que convocassem a memória para os princípios de um dos homens que, no Século XX, foi dos maiores impulsionadores do regresso de Portugal à democracia europeia e um dos lutadores para que todos os cidadãos tivessem as mesmas oportunidades e se pudessem expressar e agir em liberdade.

Para desenvolver o meu trabalho na Comissão Executiva tive de manipular documentos que não via há anos, imagens que me recolocaram no século passado, informações que já são história e a partir daí projectar, como o Tito fazia, um futuro que sendo presente fica muito aquém do futuro que ele projectava numa visão correcta do conceito de liberdade.

Tito sabia que liberdade não era uma abstracção nem um valor teórico e de retórica. Tito defendia que a Liberdade tinha de ser “para fazer” e que só há liberdade para fazer quando o saber não é ignorância, quando a cultura não é desconhecimento e quando os movimentos, a imaginação e a criatividade não estão restringidos pela miséria, pelo desemprego e pela desigualdade de oportunidades.

Recordar Tito de Morais não é um retorno ao passado mas uma projecção na sociedade que ele defendeu toda a vida com determinação frontal e é acompanhar a visão de progresso social e económico baseada nos seus conceitos de integridade intocável, por impoluta, e na honestidade do pensamento e da acção.

Foi uma honra ajudar a não deixar que o seu exemplo se perca na voraz superficialidade dos dias que correm. É um orgulho ter sido seu colaborador nos momentos de poder que a liberdade permitiu ao povo atribuir-lhe por voto secreto e universal. Poder que, sou testemunha, sempre usou em prol do bem comum e com a ambição de proporcionar a quem o investiu, retorno de justiça e de bem viver.

Esta viagem a Tito de Morais é uma passagem geracional de testemunho. É um apelo aos jovens para que compreendam que sem os valores universais dos direitos da humanidade que guiaram a sua vida, o futuro não tem sentido.

Como ele sempre fez e assinou, deixo-lhe este testemunho solidário e fraterno com um apertado e afectuoso abraço do camarada e amigo.
LNT
[0.248/2010]

Notícias CCTM

Blog da Comissão Executiva das CCTMTêm estado a ser publicados no Blog da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Tito de Morais todos os textos que compõem o número especial comemorativo do Portugal Socialista, órgão central do PS, fundado por Tito de Morais ainda na clandestinidade.

Hoje estão em publicação os textos de Manuel Alegre, o meu (que será publicado em simultâneo neste Blog) e o do José Neves.

No final ficará disponível, também para quem não recebe a revista, o conteúdo integral desta publicação dirigida por José Augusto Carvalho, que constituiu uma das importantes acções das Comemorações da semana passada.

Fica o link para a área do Blog das CCTM que agrega essa informação.
LNT
[0.247/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCLVII ]

Manuel Tito de Morais e LNT
Veleiro Dar Mlodziez (1983) - Navio Escola Polaco - Portugal
LNT
[0.246/2010]