terça-feira, 8 de novembro de 2011

Moiral a caminho do pasto americano

Vaca IndioParece que Sua Excelência evocou a lenda do Moiral para demonstrar aos portugueses a sua infinita sabedoria económico-financeira e doutrinar o rebanho no seu pensamento de como sair do atoleiro em que ele, e outros como ele, enfiaram o ovelhame.

Conta a lenda do Moiral, segundo reza Sexa, que:
"Para esse Moiral, que conduzia ao longo dos séculos os seus rebanhos para as terras altas, não havia fim-de-semana, não havia férias, não havia feriados, não havia tão pouco pontes em nenhumas circunstâncias"
o que chega para entender que, mesmo com a adaptação de remate feita aos tempos modernos, o pensamento de pobreza expresso por Passos Coelho e Portas é fundamentado na pastorícia.

Os laivos anteriores relativos à bovinidade, sorriso das vacas e o bom comportamento das bestas a caminho da ordenha, já nos tinham dado a dica do regresso à teoria dos bons alunos dos tempos áureos do cavaquismo.

Um rebanho quer-se submisso, ordeiro, crente no destino e no fado. É o conceito do dia da raça que Sua Excelência gosta de evocar quando fala de Camões. Possivelmente por nunca o ter lido, possivelmente por entender que a epopeia portuguesa para chegar à canela e à pimenta só se deveu a lideres poderosos rodeados de marujos pobres a penar de escorbuto.

Enquanto o Moiral embarca para terra ianque o rebanho que leva ao cajado já se lambe a pensar na relva verdejante da Casa Branca. Oxalá o cão de água português das filhas de Michelle não lhes morda nas canelas.
LNT
[0.501/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCVIII ]

Jack Nicholson
Jack Nicholson - Voando sobre um ninho de cucos
LNT
[0.500/2011]

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ainda pensa oferecer um Cartão FNAC Tanto neste Natal?

Cartão Tanto FNACNão julguem que o caso do Cartão Oferta da FNAC – Tanto – está esquecido. Continuo à espera da resposta da ASAE na sequência da reclamação que fiz no Livro de Reclamações da Loja da FNAC do Colombo.

Entendo que a ASAE tem muito que fazer e que a altura do Natal não é boa ocasião para alertar os consumidores para o caso de apropriação de capitais que a FNAC está a fazer aos seus clientes.

Se se tratasse de um negócio de ciganos na feira de Carcavelos, eles já estariam em campo, mas meterem-se com a FNAC é como pedir a alguns bloguistas que estão sempre na linha da frente para uma publicidade ou publicação, que denunciem o caso.

A luta continua, como diria o Che pouco antes de morrer.

Nota: Não posso deixar de agradecer a todos os que já nos seus Blogs, Facebook, Twitter, Websites, Destaques SAPO, etc. têm feito eco desta questão. Entre eles e eMail contam-se milhares. Na comunicação social nem uma linha, porque a FNAC patrociona muita coisa.

Agradecimentos de hoje:
Tomás Vasques
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
Rui C. Branco
Economia e Finanças

LNT
[0.499/2011]

Αλέξης Ζορμπάς

NikitaO gesto de Papandreu que muito irritou as cabeças “bem formadas” foi uma pedrada no charco desta Europa que se deixa governar por botas cardadas e chinelos de tacão.

Finalmente alguém, que já nada tinha a perder, tratou de chamar a atenção de quem se arrisca a perder muito para o facto de que, mesmo em regime capitalista radical, a soberania dos Estados não é objecto de saldos. Pareceu louco, dizem, mas não foi sabujo, ao contrário dos suburbanos que por aí abundam.

Para Portugal, a loucura do grego foi ouro sobre azul. Durante uns dias o buraco da Madeira ficou tapado, o negócio do BPN pareceu uma brincadeira de crianças, os bandidos nacionais pareceram peças soltas e não uma teia cuidadosamente cerzida e a quadrilha da corrupção pareceu estar presa e não em liberdade.

Graças a Zorba até pareceu, por uns dias, que vivíamos em normalidade.
LNT
[0.498/2011]

Surdinas [ XV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Para os que não entendem como é possível manter o apoio e ao mesmo tempo criticar uma atitude.

São dois os pontos:

1- Formal – Compete à Assembleia da República fazer o trabalho da Comissão. O OE deveria ter baixado a esta comissão para ser debatido e a divulgação das negociações teria de ser feita na sequência. É democraticamente estranho que as negociações de "gabinete" se sobreponham à vontade dos deputados;

2- Fiabilidade – O erro de António José Seguro foi acreditar na palavra de quem nunca a cumpre. Não terá sido um erro de ingenuidade mas sim de confiabilidade.
Passos Coelho, Portas, Relvas e comp.ª não são fiáveis. Basta comparar o que disseram antes e o que dizem hoje.
Os bastidores são importantes mas, numa democracia parlamentar, não podem sobrepor-se à mecânica constitucional.
AJS arrisca-se a ver a sua palavra posta em causa, como noutros acordos anteriores de surdina já aconteceu, principalmente se Portas ou Relvas entenderem que o amaciamento das grosserias lhes podem trazer vantagem pessoal.

O sede de protagonismo é lixada!
LNT
[0.497/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCVII ]

Casablanca
Casablanca - Prendam os suspeitos do costume
LNT
[0.496/2011]

domingo, 6 de novembro de 2011

Portugal território, Portugal nação

Homem passadeiraHá duas coisas em política que nunca se podem fazer:
- Pedir o apoio incondicional a alguém; e
- Partir para uma negociação com o anúncio prévio de que, para o resultado a obter, é indiferente aquilo que vier a ser negociado.

Sobre a primeira coisa estamos conversados. É sabido que apoiei e continuo a apoiar o Secretário-geral do Partido Socialista mas que esse apoio não é incondicional. António José Seguro, como qualquer outro camarada meu, contará com o meu apoio mesmo em circunstâncias que não coincidam com as minhas convicções desde que reconheça que essas circunstâncias são coerentes e não representam abdicação dos valores fundamentais que me norteiam.

Sobre a segunda coisa estamos ainda a conversar. Existem três momentos regimentais na Assembleia da República para discussão do Orçamento de Estado:

Um, que trata da admissão para discussão e negociação – a votação na generalidade – em que os considerandos em jogo impõem ao Partido Socialista que se abstenha não obstante o OE 2012 conter excessivas clausulas de grosseira violação dos mais elementares direitos dos (de alguns) cidadãos portugueses. Ao fazê-lo satisfaz a imagem externa de coesão nacional e proporciona a força negocial necessária para tentar minorar a grosseria;

Outro, que é o momento da negociação – a discussão na especialidade – em que se impõe que o Partido Socialista disponha de soluções alternativas coerentes e bem fundamentadas para negociar as clausulas grosseiras. Para que essa negociação tenha efeito é necessário dispor de peso negocial. Ao anunciar previamente que as negociações não influenciarão o resultado final, o Partido Socialista ficou na mão dos seus opositores e, em vez de exigir o que entende ser justo, limita-se a receber o que a “boa-vontade” dos Partidos do Governo lhe quiser dar. Arrisca-se a que, num jogo de polícias bons e polícias maus, o CDS possa aparecer como o “amaciador” das grosserias ou que o PSD surja como o “bonzinho” deste Portugal pequenino.

O terceiro momento é o da viabilização – votação final global – em que o voto socialista não influi na aprovação do OE, uma vez que existe uma maioria absoluta no plenário, mas dá um sinal fundamental externo e que tem uma carga política importante porque a abstenção significa a existência de um acordo mínimo de menorização das grosserias e o voto contra implica transitar a responsabilidade do fracasso para a incapacidade de negociação do Governo e mede a competência do Presidente da República no que respeita à fiscalização política da actividade legislativa.

Com o anúncio de que em qualquer circunstância o Partido Socialista se absterá na votação final global o PS abdicou do seu dever de negociação tendo-o transformado em cedência e subordinação à ditadura da maioria. O PS, evocando Portugal, abdicou da defesa dos portugueses, deixando-os à mercê de todos os grosseiros, iníquos e excessivos sacrifícios que a política da direita retrógrada impõe sem oposição, escudada num acordo internacional que não os exige.
LNT
[0.495/2011]

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não virar as costas às bengaladas em Portugal

BotaSabe-se que há Partidos do poder e há os outros, os que fazem política só para se entreterem. Os Partidos do poder podem ser responsáveis, como é o Partido Socialista ao aceitar que as propostas do Governo dêem entrada na Assembleia da República para serem discutidas em especialidade, ou podem não o ser, como num passado muito recente o foi o PSD e o CDS ao recusaram o menos mau para poderem impor o pior.

Os Partidos que não são do poder podem ser irresponsáveis porque nunca assumem a responsabilidade, fogem dela como o Diabo da Cruz.

Os do poder, ao serem irresponsáveis, criam a quem neles confia (e aos outros que neles não confiam mas que os terão de aturar) o maior prejuízo. Se para além de serem irresponsáveis ainda forem aldrabões, impreparados e amorais podem deixar um País à beira do esgotamento. Se para além de irresponsáveis, aldrabões, impreparados e amorais ainda forem injustos e ressabiados deixarão certamente uma porção muito curta da população desse País a pagar tudo aquilo que resulta da má gestão nacional feita pelos Partidos do poder.

Os recuos deste Governo em relação a todas as selváticas medidas que estão a tomar à excepção daquelas que foram aplicadas à Administração Pública e ao Estado Social (SNS, Educação, etc.), a par das nacionalizações a tostão (o BPN foi o primeiro exemplo), só pode ser adjectivada com todos os adjectivos anteriores e ainda com um enorme nojo civilizacional e de cidadania.

Leio que afinal há mais recuos (agora no lóbi autárquico do PSD) e lembro-me sempre de Eça "... era um dever de moralidade pública dar bengaladas ... ".
LNT
[0.494/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCVI ]

Palmeira Beja
Palmeira - Beja - Portugal
LNT
[0.493/2011]

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Surdinas [ XIV ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Papandreu encheu o peito de ar, endireitou a espinha e gritou para os mastins que o ameaçavam:
- O que é que vocês querem? Querem porrada?
Os mastins ainda não se recompuseram do susto.
LNT
[0.492/2011]

Vemo-nos gregos

Cão OssoQuando Mário Soares teve de recorrer ao FMI para não nos vermos gregos, tratou igualmente de fazer Portugal entrar na CEE e aí ir buscar as verbas que permitiram pagar ao FMI e dar gás ao pai do monstro, nosso actual presidente e senhor.

Quando Sócrates o fez porque uma coligação do CDS/PSD/PCP/BE o obrigou a tal, o pai do monstro, invejando os gregos e alucinando com os "mercados", destabilizou o que restava da política e levou o Coelho ao colo, mesmo sabendo que a tradição dos ovos láparos é uma tontice inventada para comemorar o milagre da ressurreição.

São estas diferenças de perspectiva que nos trouxeram até a este Portugal Pequenino.

São elas que determinaram que Portas ande de boné na mão a correr atrás do ditador populista venezuelano, que Coelho tenha aprendido contorcionismo para caber no bolso dos trocados do casaquinho da nova Heidi europeia e que o Cherne continue a alimentar-se do que lhe resta da baba de camelo conseguida na tenda do beduíno.

Nós, os zombies mortos-vivos, cada vez nos vemos mais gregos com tudo isto.
LNT
[0.491/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCV ]

Corvos
Corvos - Lisboa - Portugal
LNT
[0.490/2011]

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Onde estão os defensores da abstenção do PS antes do OE entrar na AR?

Pé de FranciscanoDefendo que o PS deve abster-se na votação global do Orçamento de Estado para que este baixe à Comissão e, na especialidade, sejam negociadas as alterações que o PS venha a propor.

Se na especialidade forem inviabilizadas as propostas de alteração, o PS deverá votar contra este OE quando ele regressar a Plenário para a votação final.

Os efeitos práticos são nulos uma vez que o Governo tem a maioria absoluta e o OE será aprovado.

Mas em termos políticos irá ser completamente diferente, inclusive para o Presidente da República que, se o PS votar contra, irá de ter de assumir politicamente, na promulgação, as consequências de já ter considerado publicamente este OE como iníquo.
LNT
[0.489/2011]

Duas ou três coisas

ChapeuRapidinho porque hoje tenho muito que fazer mas não quero deixar de registar.

Sobre o esquema do referendo na Grécia
Quando a Dona Manuela, que o Deus da política mandou recolher ao sector sombra, resolveu apregoar que a democracia teria de ser suspensa por meia dúzia de meses foi um aqui d’ el Rei que só visto.
Agora que o Governo Grego resolve anunciar que as medidas de austeridade na Grécia devem ir a referendo, é ver os que se amotinaram contra Manuela, a criticarem veementemente a democracia anunciada.
Ter cão e ser preso ou não o ter e ir para a prisão é o que está a dar.

Sobre o tal Cartão Oferta FNAC, nicles batatoides.
A ASAE demora a responder. Aguardo a resposta para continuar a denúncia. Entretanto agradeço a todos que multiplicaram nos Blogs, no FaceBook e no Twitter (impossível listá-los) o que aqui já foi publicado sobre a nova forma que a FNAC arranjou para ganhar dinheiro sem esforço. Devido aos comentários que tenho lido, acredito que estes 120 Euros de que a FNAC se apropriou já devem ser a receita mais cara, em termos de prejuízo, de toda a História daquela loja. A FNAC deveria aprender que os clientes quando têm razão (e qualquer cliente tem razão quando lhe subtraem 120 Euros sem lhe dar qualquer contrapartida) fazem tudo para serem ressarcidos e que a não implementação de acções correctivas para essas não-conformidades só pode trazer desvantagens para a própria organização.
LNT
A ler hoje sobre o Cartão Oferta FNAC o apontamento do Economia & Finanças (obrigado Rui)
Agradecimento especial aos "destaques" da SAPO que, independentemente da plataforma deste Blog, ajudaram na divulgação do caso.
[0.488/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCIV ]


Seagull - Galapos - Célia Margato
Seagull - Galapos - Portugal
Imagem
LNT

[0.487/2011]

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

FNAC - O caso do cartão Tanto

Cartão Tanto FNACLembram-se do caso da FNAC que ficou com 120 Euros meus sem me dar qualquer contrapartida? (podem reler a estória aqui).

Acrescento ao que já disse que uma das hipóteses que estou a considerar é a de participar ao Fisco que a FNAC está a obter rendimentos sem que sobre eles sejam aplicados os devidos impostos. Terei de pensar melhor como o vou fazer mas para já deixo uma pista:

Se a FNAC me deixasse utilizar os 120 Euros que me confiscou com a expiração do cartão oferta TANTO, eu teria de comprar produtos na FNAC que iriam por sua vez ter de ser taxados em IVA. A FNAC não só se apropriou desses 120 Euros, que são meus, sem me fornecer qualquer produto, como conseguiu fazer reverter para si esse montante sem ter de pagar o equivalente IVA que teria de entregar ao Estado caso eu tivesse usado o dinheiro.

Um abuso nunca vem só.

As clausulas abusivas que levam a FNAC a comercializar um cartão oferta, que em nenhum lugar identifica a validade, o que leva os clientes a ficarem sem o dinheiro que investiram e sem terem qualquer contrapartida de consumo, servem também para que a FNAC não entregue ao Estado a quantia de IVA que teria de entregar caso o cartão fosse usado (como é seu objecto) na aquisição de produtos nas lojas FNAC.
LNT
[0.486/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCIII ]

óleo de fígado de bacalhau
Passagem da colherada de óleo de fígado de bacalhau para cápsulas
LNT
[0.485/2011]

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Manteiga

Nicoletta Ceccoli
Bons Alunos



Gostei de ver aquela foto da reunião de ontem em que Merkel fazia o sinal de OK com o polegar a Passos Coelho enquanto o Pedro sorria com o mesmo ar com que os "manteigueiros" da primária sorriam para a mestre-escola sempre que puxavam o brilho à menina-dos-sete-olhos que havia de acertar na palma da mão dos mal comportados.





LNT
[0.484/2011]

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Surdinas [ XIII ]

Mosca(baixinho para que ninguém nos ouça)

Vejam lá se se entendem.

Vem o Ministro dos Impostos dizer que está aberto a discutir as medidas propostas no OE desde que os resultados não sejam afectados e ao mesmo tempo o Primeiro Ministro diz que não cede em «repensar medidas em que pensou muito maduramente e que só adoptou por saber que não tem alternativa para elas»
LNT
[0.482/2011]

Comprar um cartão oferta na FNAC? pense duas vezes

Cartão Oferta FNAC




A FNAC está a comercializar um Cartão Oferta que não tem impressa a data de activação, nem a data de validade.



No entanto o cartão é válido por um ano podendo, segundo as letras pequeninas do seu verso, ser consultado o saldo e a validade em qualquer Loja FNAC.


Se deixar passar o prazo a FNAC fica com o dinheiro e não lhe dá qualquer contrapartida.





Cartão Oferta FNAC



A coisa funciona da seguinte forma. Quem quiser oferecer uma prenda de aniversário, passa pela FNAC e compra um cartão de Oferta por “xx” Euros. O aniversariante, na posse do cartão, passa a dispor de um crédito que se destina a adquirir produtos desse valor numa loja FNAC. No entanto o cartão não tem impresso o prazo de validade, nem o de activação e o aniversariante arrisca-se, como me aconteceu, a passar por uma Loja FNAC e informarem-no que o cartão está expirado e que o montante não pode ser usado (tendo revertido para a FNAC, claro).

Estamos claramente perante um caso de pagamento sem contrapartida e, apesar dos avisos impressos em letra miúda na parte traseira do cartão, perante um caso de insuficiente informação sobre a validade de utilização de um montante de que a FNAC se apropriou sem qualquer aviso.

Cartão Oferta FNAC
Tenho dois cartões nessas condições (verifiquei quando cheguei a casa). São dois casos (60 Euros, cada) em que a FNAC informa que perdi o dinheiro, como se o nosso dinheiro pudesse ter um prazo para poder ser utilizado. Reclamei num impresso próprio. Vou escrever no Livro de Reclamações. Possivelmente irei dirigir-me à Defesa do Consumidor. Aguardo para saber se, mediante o resultado das reclamações, irei recorrer às instâncias judiciais.

Entretanto deixo este alerta aos incautos. Se pensam oferecer um presente comprando um cartão Oferta da FNAC pensem duas vezes. Correm o risco de estar a fazer uma oferta do vosso dinheiro à FNAC sem que daí venha qualquer contrapartida para quem compra o cartão ou para quem o recebe como presente.

Aguardo para saber o resultado da reclamação e depois voltarei ao assunto para vos contar.

Entretanto espalhem, porque com isso farão serviço público e evitarão que outros sejam vítimas deste tipo de "acções agressivas de comércio".
LNT
[0.481/2011]

Tychonoff's [ I ]

Casal TalibãSei que não é comum, mas nada nesta Barbearia o é. Tenho um cliente anónimo que vem desenvolvendo algumas teorias nas caixas de comentários, teorias de que gosto e que agora ficam em corpo de Blog.

Como não sou muito dado a responder ou a valorizar comentários anónimos atribui a este, para minha referência, o nickname de Tychonoff.

Teoria dos bastidores
Tenho uma teoria que explica a razão pela qual o Ministro das Finanças fala tão pausadamente e quando diz alguma coisa parece não bater certo ou anuncia uma medida errada.

É que o coitado do homem não tem competências ao nível das finanças e política em geral e por isso, usa um auricular que está ligado aos bastidores. Nos bastidores está uma comissão de "especialistas" que vão dizendo o que ele deve de repetir (reparem que, por vezes, ele pára de falar. Parece que está a tentar captar o que lhe estão a dizer...). Deverá haver também alturas que nos bastidores aquilo é uma confusão de opiniões (daí haverem medidas completamente estranhas e inexplicáveis).

Será que nos bastidores está o pessoal do FMI? A falar em várias línguas? Será o Ministro das Finanças uma espécie de Ventríloquo da TROIKA?
Vou continuar a estar atento para ver se descubro mais coisas...

Teoria do gamanço
TB tenho uma teoria, matemática, sobre este assunto que precisa de ser comprovada.
Será que: o somatório de todos os subsídios "subtraídos" ao sector público é maior ou igual ao somatório de 50% de todos os subsídios nacionais?

É que me parece que não.

Se não é, então não seria mais justo e até mais eficaz, cobrar 50% de todos os subsídios?

Eu cá, mesmo como trabalhador do privado, embora não concorde com nada do que está a ser feito, até admitia que tal acontecesse. Há apenas uma condição e apenas uma: Não há mais cortes em lado nenhum nem subidas de impostos nem impostos novos.
Isto seria sinal suficiente aos "mercados" para dizer que estamos, TODOS, dispostos a contribuir?
Eu tou nessa... Os sindicatos que negoceiem isto e que se fechem já as portas a novas "incursões" ao bolso dos mesmos...

Teoria do garimpo
Isto da exploração do ouro faz todo sentido e não é ideia virgem porque, estou convencido, que a própria TROIKA já cavou, há muito..., um túnel virtual até às nossas reservas de Ouro.

Por esse túnel vai passar e carregar o material, todos os agiotas que têm manipulado as taxas de juro e coisas do além como o RATING da dívida soberana...

No fundo, o pôr a malta a cavar no Alentejo é uma manobra de diversão para levarem o ouro que já está à superfície... é como dizem os grandes gestores: mais eficiente.
LNT
[0.480/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCII ]

Caneca Bandeira UE
Europa
LNT
[0.479/2011]

terça-feira, 25 de outubro de 2011

New Frontiers

New FrontiersAndava convencido que o contrato de concessão de ouro já tinha sido anunciado pelo Ministro dos Impostos na última conferência de imprensa mas, afinal, o Governo concluiu que as contas bancárias dos contribuintes não são a única mina aurífica a ser explorada.

O Álvaro anda numa excitação infinda de prospecção e prepara-se para um dia destes (as medidas que anuncia têm sempre um prazo indefinido para entrar em produção) abrir o garimpo no Alentejo que deverá passar a designar-se por Allentejo e deixará de ser conhecido como o celeiro de Portugal para passar a ser o Far West português.

Ah Álvaro, que nunca me enganaste com as tuas modernêras amaricanas.

Já estou a ver o lago do Alqueva a ser invadido por cowboys de peneira na mão a espantar tudo quanto seja pêga, achigã, pato bravo ou lagostim de água doce.
LNT
[0.478/2011]

Já fui feliz aqui [ CMXCI ]

XVII Exposição
XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura - Portugal
LNT
[0.477/2011]

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Até alguns ministros são mais iguais do que os outros

Bloco MinistroEscapando ao conceito moralista da coisa gostaria de sublinhar que não entendo que os políticos sejam todos uma cambada e ainda menos que sejam todos iguais.

A introdução é para chegar ao caso do Ministro que a comunicação social colocou na mira para moralizar a ética e que agora, depois de apontado e picado resolveu abdicar de um direito consignado na Lei. Pior do que abdicar daquilo a que tinha direito foi fazê-lo por estar a ser alvo de crítica. Pior do que se apresentar magnânime na abdicação é não haver uma regra que impossibilite que essa situação se possa verificar.

Se o espírito de missão (neste caso só existente depois de a opinião pública a tal o ter obrigado) propõe a beatificação do Ministro, o espírito e a letra da lei deveriam tê-lo impedido de receber aquilo de que agora abdicou.

Mas esta coisa de alvos na Comunicação Social sempre teve muito que se lhe dissesse. A excitação que o subsídio de alojamento provocou nos meios comunicacionais é inversamente proporcional àquela que a mantém em silêncio sobre a hipótese de haver quem exerça cargos no Governo optando pelos vencimentos que detinha antes de ser nomeado.

Será que não há por aí Ministros que ganham mais do que o Primeiro-ministro? (não digo que o Presidente da República porque esse já optou por ser pago pelas reformas dado serem superiores ao salário que a República entende ser o pagamento justo do cargo)

Uma vez mais não estamos a falar de conceitos moralistas, mas só de moralidade. É que não é possível que se deixe morrer alguém porque se inviabilizou um transplante por questões orçamentais e quem o inviabilizou não prescinda (obrigatoriamente e por lei) de receber por funções que não exerce (p.e. a de gestor bancário).

É como se um mestre barbeiro passasse a coveiro mas reclamasse continuar a ter por pré as benesses da arte de barbear.
LNT
[0.476/2011]