segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Caldo entornado

GalosDurão Barroso trocou a liderança do Governo Português de tanga por um alto cargo de libré em Bruxelas.

Vantagem para ele que, para além de ganhar acima das posses de qualquer outro português funcionário público, político ou amancebado, consegue manter-se no poleiro dourado e cantar de galo no Algarve quando sente necessidade de treinar português.

Barroso esquece que a União Europeia é um conjunto e países soberanos e não de estados federados. Seria saudável, para nós e para ele, que essa condição não fosse esquecida, não vá o caldo (de capão ou de cherne) galgar as bordas do tacho por excesso de calor.
LNT
[0.360/2013]

Em 2013

Bandeira da RepúblicaFica para memória que, no Cinco de Outubro deste ano, tivemos um discurso de Presidente da República feito por um Presidente da Câmara e um outro de Presidente de Junta feito por um Presidente da República.

Razão tenho ao não deixar de aconselhar à minha clientela que olhe para o autarca com olhos de ver e ganas para o fazer o Mais Alto Magistrado da Nação.

Recordarão nessa altura que o que distingue uma República com um Presidente de uma outra tutelada por uma Magistratura (activa) de Influência é a menor serventia do Tribunal Constitucional.
LNT
[0.359/2013]

Versículos de uma epístola de Portas

Paulo PortasTudo nele é artificial. Ele próprio é artificial.

Não lhe chegando o saque dos vivos para saciar a voracidade que tem por aqueles de quem se arvora defensor, Paulo, democrata e cristão, olhou do topo da montanha para onde o guinaram e viu o precipício à frente dos pés.

Então, bafejado pelo odor da Besta que o contrapôs ao Bem em que se crismou, decretou que aos velhos não lhes basta morrer na miséria mas há que sacar também a quem a eles sobreviva.

Neste tempo de perfídia e de trevas, na impossibilidade de se quedar com a alma arrebatada precocemente aos velhotes a quem diminui cuidados de sobrevivência, esmifra-lhes o legado.

Amem. (até que alguém diga que assim não seja)
LNT
[0.358/2013]

Infinito majestoso

José António BarreirosNa passada sexta-feira fui ouvir José António Barreiros dissertar, na biblioteca Orlando Ribeiro, sobre um coiso que tinha criado (ele chamou-lhe objecto). Aquilo é uma obra magistralmente pincelada com letras sobre o óleo que lhe serviu de lastro.

Entre os muitos sobressaltos decorrentes da conversa (ainda não tinha lido mais que uma página do texto) retive duas perturbações:
Uma, relativa à textura das pinturas a óleo que é conseguida com manchas de tinta em relevo, impróprias para serem lidas per si, e que impõem ao leitor que se afaste o suficiente para não se perder na pigmentação e nas sombras provocadas pelas pinceladas. Há que observar a obra por inteiro para se perceber o sentido.

A outra, relativa à propriedade das obras públicas (ou publicadas) uma vez que a sua leitura e interpretação não pertence ao autor. Barreiros misturou-se na pigmentação de um quadro de que não era o autor e a cada pigmento juntou-lhe uma letra e a cada letra uma ideia e com o conjunto de ideias contou uma história que, diz ele, lhe veio inconscientemente de entranhas que desconhecia ter. Essa será a maior inquietação de qualquer jurista, principalmente se habituado a defender na barra as próprias entranhas desconhecidas dos seus constituintes.
O coiso (o autor chamou-lhe objecto, lembram-se, o que não é por não ser exterior ao espírito) foi lido de supetão até à última pincelada e aguarda releitura para melhor distanciamento antes de ser exposto. A sua condição de coiso deixa-me a questão de saber se, no fim, o devo emoldurar e pendurar na parede, ou encaixá-lo na prateleira dos livros.

Seja como for, o infinito majestoso é uma obra de arte que trouxe para casa.
LNT
[0.357/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCII ]

Pesca
Pesca na barragem - Alentejo - Portugal
LNT
[0.356/2013]

sábado, 5 de outubro de 2013

Da dignidade e do pífio

JiminyO que esta gente não percebe é que aqueles a quem se dobram são os que nunca se dobraram perante os portugueses.

Se o entendessem percebiam também que, até perante eles, ficam mal vistos.
LNT
[0.355/2013]

oãtsiuqavaC

aseugutroP A

rahcram, rahcram seõhnac so artnoc
ratul airtáP alep
!samra sà, samra sà
ram o erbos, arret a erboS
!samra sà, samra sà

!airótiv à et-raiug ed-áh euq
sóva soigérge suet soD
zov a es-etnes airtáP Ó
airómem ad samurb sa ertnE
!lagutroP ed rodnelpse O
ovon ed ejoh iatnaveL
,latromi, etnelav oãçaN
ovop erbon, ram od sióreH
LNT
[0.354/2013]

País sequestrado

Cara NacionalTenho vergonha de no meu País se comemorar a data do regime dentro de uma sala onde o seu poder eleito em democracia se esconde de portadas fechadas.

Tenho vergonha de no meu País democrático ver o seu máximo representante fugir dos espaços fechados onde faz discursos que ignoram o sofrimento do povo, para o refúgio da viatura que o conduz a novo bunker.

Tenho vergonha de no meu País democrático os votos estarem sequestrados e quem os sequestrou nem sequer ter coragem de encarar os seus verdadeiros detentores.

Tenho vergonha de no meu País o executivo eleito democraticamente não respeitar a Lei Fundamental pela qual foi eleito, nem os preceitos básicos de separação de poderes nela determinados.

Tenho vergonha de no meu País os poderes eleitos não fazerem valer a nossa condição de Nação valente e imortal.

Tenho esperança que no meu País seja eleito como seu máximo representante quem, no dia de comemoração do regime vigente, teve a coragem de pronunciar o discurso que se impunha, neste momento, a um Chefe de Estado.
LNT
[0.353/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXCI ]

Portugal
Bandeira Nacional - Portugal
LNT
[0.352/2013]

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A dissertação

CasteloTópicos para o discurso de amanhã:
1 - Já não vinha aqui desde a última vez que aqui estive;
2 – Mencionar a raça da República;
3 – Apelar à união nacional;
4 – Evocar a sustentável leveza da dívida externa;
5 – Voltar a frisar que já antes não vinha aqui desde a penúltima vez que aqui tinha estado;
6 – Não falar do segundo resgate;
7 – Citar Maquiavel, Sade e um dos masoquistas Roteiros acrescentando a expressão “bem avisei”;
8 – Não fazer qualquer leitura nacional de quaisquer eleições;
9 – Vários vivas.

Cuidado especial: Ouvir o Hino com antecedência para ter a certeza que não começará por “contra os canhões, marchar, marchar”.
LNT
[0.351/2013]

Ditos populares à Moura Guedes [ I ]

.
Oliveira escondido com Costa de fora
.
LNT
[0.350/2013]

Hoje em Lisboa

Infinito MajestosoComo foi para dar boas notícias lá apareceu o Vice-Primeiro nas pantalhas com a sua irrevogável amiga. A maçaroca já cá canta. Venha o cheque, esqueçam o segundo resgate porque o tempo da chantagem pré-eleitoral já lá vai e tratem de amochar mais um ano porque isto é a vida real e reformar o Estado dá um trabalhão quando se quer ir além da troika e aquém de tudo o que é decente.

A coisa não merece mais referência. Paleio até que o OE entre na Assembleia da República e se entenda, de vez, que o caminho do empobrecimento é um trilho estreito à beira do precipício que terá de ser palmilhado até ao fim, quando se confirmar que o trilho foi um beco sem saída.

Passemos então ao que interessa e o que hoje interessa é a apresentação da narrativa ficcional que está contida pela capa do novo livro de José António Barreiros. Infinito Majestoso será hoje presente em Lisboa, Telheiras, na Biblioteca Orlando Ribeiro e a Labirinto de Letras convida de porta aberta.

Tenho por Barreiros uma simpatia especial que vem desde o tempo do VI Governo Provisório e do I Constitucional onde partilhámos tarefas no gabinete de Manuel Tito de Morais.

Desconheço o que está escrito nesta obra mas posso adivinhar a forma porque lhe conheço o estilo, a clareza de raciocínio e o rigor das palavras.
Até logo.
LNT
[0.349/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCXC ]

Leica
Leica - por aí - Portugal/Alemanha
LNT
[0.348/2013]

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Valha-nos São Jorge

Lisboa Castelo de São JorgeNuma última volta pelas eleições para estabelecer estratégias de fuga de Lisboa dou com:
Oeiras tomada pelos independentes;
Amadora, Odivelas, Vila Franca de Xira, Sintra, Arruda dos Vinhos, Torres Vedras, Alenquer, Azambuja, Lourinhã, Salvaterra de Magos, Cartaxo e Montijo tomadas pelas forças aliadas;
Loures, Sobral de Monte Agraço, Benavente, Almada, Seixal, Barreiro, Moita e Alcochete tomadas pelas forças vermelhas;
Cascais e Rio Maior tomadas pelas forças do poder e Mafra, Cadaval e Santarém tomadas pelas forças laranja.

As fugas para Norte e terras saloias estão garantidas pela A8 só tendo de me blindar às portas de casa e na passagem pelo Convento.

As fugas para Sul ficam garantidas pela Vasco da Gama desde que cuide do flanco esquerdo ao cruzar o Tejo.

Atravessar a 25 de Abril ou meter-me pela A1 está fora de causa.
LNT
[0.347/2013]

Melhor quer dizer mais bom ou mais bem

Machina SpeculatrixAté percebo o Porfírio. Também me irrita a tendência portuguesa para o exagero, por exemplo quando o nosso Presidente anuncia que terminou a recessão ou o nosso PM diz que estamos no bom caminho, e por isso entendo que teria sido desnecessário o PS andar com cartinhas (aliás, esta moda das cartas irrita-me quase sempre) a anunciar “os melhores resultados de sempre” conseguidos numas autárquicas.

Mas (isto dos mas também me irrita, porque é irritante ter de haver sempre um mas) a verdade é que melhor quer dizer mais bom ou mais bem e mais bom ou mais bem é obter melhores vantagens. O Partido Socialista obteve essas vantagens (mais câmaras, três das quatro maiores e mais importantes câmaras do País e a Associação Nacional de Municípios - a confirmar no dia 23 de Novembro) embora não tenha conseguido ter o maior número de votos de sempre em eleições autárquicas.

Também sabemos que maior não significa melhor mas essa é outra conversa.

No entanto há coisas muito mais importantes para nos irritar, como por exemplo a preocupação com as vitórias "estrondosas" dos comunistas no Baixo Alentejo (qualquer coisa que significa um universo de – Évora: 83512 votos totais entrados + Beja: 82470 votos totais entrados + Setúbal: 302712 votos totais entrados = 468694 votos totais entrados – atenção que se está a falar de votos entrados nas urnas para todos os concorrentes – num universo nacional de 4.996.088 votos entrados) que desta vez concentraram muitos votos dos descontentes com a actuação dos Partidos do "arco da governação".

Eu ficaria muito mais preocupado se esses votos de protesto se tivessem reunido à volta da extrema-direita, como é costume acontecer pela “Europa civilizada”, mas enfim.

Dito isto, resta-me reconfirmar que concordo com o Porfírio sobre a desnecessidade de se ter escrito aquela carta nos termos em que foi escrita. Talvez a sua redacção inglesa devesse ter sido feita com mais cuidado mas, como se sabe, estas coisas do inglês técnico são sempre uma pedra no sapato socialista.
LNT
[0.346/2013]

Falta de inspiração

UnhasA eterna mudança nos tempos correntes e a rápida evolução dos acontecimentos no Mundo moderno provocam nos seres humanos estados de desânimo e de frustração insuperáveis.

Depois de ter aprendido tanto com a magnífica discussão sobre os piropos que animou as hostes e tanta tinta e papel de jornal fez vender na época alta do Sol escaldante, confronto-me agora com a impossibilidade de observação das unhas multicoloridas que, até há pouco, se sentavam nos bancos do Metro onde me desloco todos os dias para a baixa pombalina e dos pombos. Bastou que o Céu abrisse as torneiras para que os pés que expunham tantas obras de arte se escondessem dentro de ignóbeis botifarras.

Resta-me agora pensar, já que não me passa pela cabeça vocalizar piropos embora saiba distingui-los da ordinarice. Resta-me agora olhar para dentro, já que olhar para dentro dos olhos de alguém pode ser assédio. Resta-me agora pedir amizade a desconhecidos no FaceBook, já que se o fizer na rua pode levar-me à prisão. Resta-me observar o calçado sem lhe equacionar a qualidade, já que dissertar sobre o assunto pode fazer-me passar por assassino cruel dos bois (insistem que são vaca) que se compram no talho.

Resta-me isolar, escrever e não falar. Mas assim é difícil a inspiração.
LNT
[0.345/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXIX ]

Melga
Melgas - por aí - Portugal
LNT
[0.344/2013]

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Democracia, Cidadania

BarbeiroEspero que já tenham acordado das alucinações e que tenham regressado à realidade. Espero que libertem os votos dos cidadãos eleitores e os façam retornar aos seus detentores e se conformem com a vontade, o secretismo, o universalismo e a responsabilidade de quem nunca abdicará de usar o poder de decidir, até porque esse direito custou muito a impor.

Os votos são de quem os usa e a sua expressão traduz-se no que, agregados, determinam. A democracia é uma maçada, mas quem não entender estas coisas tão simples nunca entenderá coisa alguma.

Dito isto, passo às saudações especiais que a camaradagem e amizade não permitiriam deixar de expressar neste meu reduto de liberdade de opinião.

Abraços especiais para os vencedores António da CML, Helena da AML, Carlos Manuel Castro (vereador CML), Pedro Cegonho de Campo de Ourique, Inês Drummond de Benfica, Miguel Coelho de Santa Maria Maior e para a Alexandra da minha Freguesia que, não tendo conquistado a presidência de Carnide, será sempre uma vencedora pela forma exemplar como se bateu.

Saudações a todos os restantes que, vencedores ou vencidos, deram o corpo ao manifesto e permitiram que na minha cidade tivesse havido tanta variedade de escolha o que nos permitiu exercer livremente a cidadania custosamente conseguida, em tempos de Abril, pela coragem e sacrifício de tantos.

Cada acto eleitoral é uma lufada que nos revitaliza. Venham os seguintes para que os eleitos não esqueçam que o poder que delegamos nunca deixa ser o de cada um de nós.
LNT
[0.343/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXVIII ]

Balugães
Balugães - Minho - Portugal
LNT
[0.342/2013]

terça-feira, 1 de outubro de 2013

De regresso à Terra

Planeta TerraVoltando à vaca fria, isto é, à terra que um dia nos há-de comer, voltamos às espantosas contradições da propaganda Lombo-Madura.

Em semana de eleições estávamos à beira da catástrofe com segundo resgate à vista, os troikos enlouquecidos ordenavam o passo em frente para o precipício, o Mais Alto Reformado da Nação encharcado em bolo-rei soltava perdigotos sobre aquilo de que se pode ou não falar e o Paulo (o nosso querido, sorridente e irrevogável Paulinho) dormia a sesta nos seus aposentos palacianos com a cabeça almofadada pela papelada da Reforma do Estado que está a ser parida na paisagem protegida do Zoológico de Lisboa.

Agora, passados 4.995.174 votos e uma semana, tudo é diferente. Da tempestade passámos à bonança, da beira do precipício passámos à beira do pote e da recessão passámos a uma recuperação nunca vista na Europa. O OE que está a fermentar para nos embebedar de alegrias e a avaliação troika das oitava e nona etapas vai mitigar os riscos. Passaremos a ser, para além dos melhores e mais bem comportados alunos da escola primária europeia, os mais esmifrados infantes do Mundo.

Neste regresso ao planeta Terra, com a máquina da propaganda oleada a vaselina e a funcionar a mata-cavalos para nos distrair do essencial, vamos ficar ainda mais atolados no saque que parece não ter fim.
LNT
[0.341/2013]

O Puarto é uma Naçon

"O nosso Partido é o Porto"

Diz a Lei Fundamental no nº 4 do artigo 51:
"Não podem constituir-se partidos que, pela sua designação ou pelos seus objectivos programáticos, tenham índole ou âmbito regional".
Sim, sabe-se que era só um cartaz e não a constituição de um Partido Político embora se adivinhe ali uma proveta para fertilização Presidencial in vitro.
LNT
[0.340/2013]

Das vitórias (reais e morais)

Foice e marteloPor aqui basta de análises dos resultados eleitorais. Já se sabe, basta ler por aí e ouvir os comentadores do costume, que o grande vencedor destas eleições foi o PCP, logo seguido do CDS. O grande derrotado foi o PSD, logo seguido do PS. O BE não interessa para nada e os Independentes passaram a liderar o País.

Mesmo o facto do Partido Socialista ter tido sozinho 36,25% - 1.810.744 votos, o PSD ter tido sozinho 16,69% - 833.772 votos e mais uns pós coligado com o CDS e outros, o PCP ter tido (sempre com a muleta do PEV para esconder a foice e o martelo) 11,06% - 552.506 votos, o CDS ter tido sozinho 3,04% - 151.828 votos (mais 30.000 votos do que o BE) e mais uns pós coligado com o PSD e outros e os Grupos de Cidadãos terem conseguido 6,90% - 344.566 votos (o que é mais do dobro dos votos do CDS) não muda as intenções nem as vontades que atribuem vitórias morais a quem superou os maus resultados obtidos anteriormente.

Até há quem faça as contas comparando o número de votos obtidos em 2009 e em 2013 sem ter o cuidado de mencionar que nestas eleições votaram menos 538.000 eleitores.

Assim sendo, nesta barbearia tudo se fará para não continuar esta discussão onde, inclusive, há quem queira fazer crer que os eleitores foram às urnas numas eleições primárias para decidir o candidato a Secretário-Geral do Partido Socialista.

Dito isto, para terminar a coisa, resta parabenizar o PCP e a sua muleta verde pelo fantástico resultado, O CDS pelo “penta” (não esquecer de o incluir também na vitória portuense) e os fantásticos independentes que quase tiveram 7% da votação e que representaram desde cidadãos independentes que não se revêem nos Partidos até militantes descontentes com os seus próprios Partidos passando ainda por alguns que se substituem a outros cidadãos que têm de comemorar as suas vitórias dentro de um estabelecimento prisional.
LNT
[0.339/2013]

Já fui feliz aqui [ MCCLXXXVII ]

Padaria Ribeiro
Padaria Ribeiro - Porto - Portugal
LNT
[0.338/2013]