segunda-feira, 16 de março de 2015

As botas de Sócrates

BotasAndo há uns tempos com vontade de escrever sobre o folhetim das botas de Sócrates. Não há dia que não me ligue à CMtv para obter novos dados importantes sobre este magno problema da justiça portuguesa e vou-me limitando a receber as não-notícias habituais: “Sócrates não recebeu visitas hoje” ou outras ainda mais relevantes como, p.e.: “hoje ainda não há novas de Sócrates”.

Das botas de Sócrates, botas de cano alto – para ser mais exacto - nada!

Nem da cor, nem das meias que põe por baixo (serão também de cano alto? e de lã ou algodão?), nem do tipo de sola, nem da marca (no mínimo seria importante saber se são de fabrico nacional ou se são italianas), nem das biqueiras (que poderão ser redondas ou bicudas – e isto importa especialmente porque só as bicudas permitirão que Sócrates mate uma ou outra barata que lhe apareça no canto da cela), nem se têm protectores (o que aumentaria a eficácia do caso de serem pontiagudas) nem, sequer, se são de montar ou de recreio.

Uma frustração completa e ainda mais hoje, dia em que a CMtv reuniu uma mesa redonda com ilustres causídicos, professores e outros que, em vez de explicarem a história das botas, dissertam sobre a questão irrelevante do habeas corpus enquanto uma senhora no exterior, de microfone na mão, se baralha num emaranhado de papeis distribuídos pelo Supremo, que ela não consegue alinhar, nem entender, possivelmente por ainda estar em choque devido ao Dr. João Araújo a ter aconselhado a tomar banho porque o seu (dele) faro revela que a senhora cheira mal.
LNT
[0.148/2015]

sábado, 14 de março de 2015

Lido na Web [ V ]

Like/Unlike
LikeAntónio Costa
Estamos em ano eleitoral, o Presidente da República não pode agir como comentador político. Tem de servir a República e não ser oposição às oposições.

LikeJumento
O divertido do caso do IMI de Paulo Macedo está no facto deste senhor ter perseguido gente na tentativa de saber a origem da fuga, tendo este modesto blogue sido o suspeito número um e a vítima principal do ódio do então DGCI. Mas o mais curioso desta história está no facto de o jornalista que então irritou o Paulo Macedo, Rudolfo Rebelo do DN, é agora assessor de Passos Coelho.

LikeInês de Medeiros
Mas para que o jovem emigrante português, super qualificado, não se deixasse distrair da sua grande oportunidade em terras estrangeiras, para que não se perdesse em devaneios lamechas, logo surge o irrequieto Pedro Lomba, qual conselheiro matrimonial da Pátria e do Povo português, a explicar que não se trata de nenhum verdadeiro convite ou gesto de reconciliação. "Vem" significa apenas Valorização do Empreendorismo Emigrante.

LikePedro Lomba
“Estimar números... as coisas não se fazem assim”, disse o secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional. “Se conseguirmos apoiar emigrantes que querem voltar, reinserir emigrantes no mercado de trabalho, aproveitar a experiência profissional que os emigrantes adquiriram lá fora, isso é que interessa destacar”, afirmou no final do Conselho de Ministros.

LikeAntónio P.
Em 1999, já com 35 anos, parece que decidiu trabalhar o que fez até 2004, já com 40 anos.

LikeRui Tavares
Tudo isto, contudo, está muito longe da forma como esta atualidade tem sido seguida, pontinho para aqui, pontinho para acolá, como num jogo de pingue-pongue. Vamos a um exemplo: a troika.
LNT
[0.146/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXIII ]

Furnas do Guincho
Furnas do Guincho - Cascais - Portugal
LNT
[0.145/2015]

sexta-feira, 13 de março de 2015

Bolsas VIP

V.I.P.Quando um membro do Governo diz que não deu uma ordem mas que é possível que alguém nos serviços tenha feito alguma coisa, continuamos no âmbito do ódio que este Governo nutre pelos trabalhadores do Estado.

Primeiro foi o ataque indiscriminado aos funcionários e a tentativa de guetizar essa parte do mundo do trabalho. Depois foi o assalto aos seus vencimentos. Depois foi o congelar das carreiras. Depois, de muitos outros depois, chegou a insinuação de Passos Coelho não ter cumprido as suas obrigações contributivas por falha dos funcionários da SS que não o notificaram. Finalmente vem a sugestão de que, a haver a tal bolsa VIP de contribuintes, se deve a alguém da Administração que a quis fazer à revelia do Secretário de Estado.

Quem viveu tantos anos neste antro sabe que há inúmeras ordens (principalmente quando ilegais) dos gabinetes governamentais que não deixam rasto. Nada tem de invulgar um director-geral chamar um seu subordinado para lhe dar determinadas orientações, não reduzidas a escrito, que diz trazer de “despacho” com o membro do Governo.

Todos conhecemos esses métodos e todos sabemos como a maioria dos dirigentes intermédios reagem quando lhes são transmitidas orientações com o rótulo de “O Secretário de Estado disse, mandou, sugeriu, etc.”

À parte deste maldito hábito de não se respeitarem os trabalhadores da Administração existe, neste caso em concreto, uma fortíssima ignorância sobre a forma como se desenrolam os acessos informáticos, ignorância que provoca os maiores disparates na boca dos comentadores do costume.

Basta referir que não existem acessos a dados sem registo de quem acedeu para se ter uma ideia de que não é necessário qualquer “campainha”. A chave neste caso será o número de contribuinte e não há qualquer dificuldade em saber (por quem tem essa competência) quais os funcionários (que têm de estar autenticados na rede) que acederem às informações de determinado NIF.

Um Secretário de Estado não precisa de construir uma “bolsa de campainhas VIP”.

Basta-lhe um telefonema ao Director da Segurança informática (ou à Sub-directora-geral que o superentende) pedindo-lhe que saiba quem acedeu, no período X, aos dados do número fiscal Y.

Isto tanto serve para proteger um determinado cidadão (identificado com o Número Fiscal) como para o perseguir.

E mais não digo, pelo menos por enquanto.
LNT
[0.144/2015]

Já fui feliz aqui [ MDXII ]

Saisa
Saisa - Oeiras - Portugal
LNT
[0.143/2015]

quinta-feira, 12 de março de 2015

Vem-te

MãoVerdadeiramente excepcional é que um Governo que fez a apologia, no início do mandato, de que os jovens formados com o nosso dinheiro deviam sair da sua zona de conforto e partirem para outras paragens do Mundo, seja o mesmo que inventa o número de fim de mandato e início de campanha eleitoral onde lombadamente apela à Valorização do Empreendedorismo Emigrante (VEM) para incentivar o regresso de emigrantes ao país.

Esta gente insiste em ofender a inteligência dos seus concidadãos.
LNT
[0.142/2015]

Alegrem-se

Bandeira invertida

A esta hora, daqui a menos de um ano, já não teremos de suportar parábolas sobre parábolas escritas onde se diz, sem dizer, o que se sabe que nós sabemos.

Ora leia-se:
A convergência de posições em matéria de política externa é realizada através de um processo que envolve vários intervenientes. São particularmente relevantes as reuniões do Presidente da República com o Primeiro-Ministro e com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, os contactos regulares entre a Assessoria para as Relações Internacionais da Presidência da República com a Assessoria Diplomática do Primeiro-Ministro e com o gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, e as informações preparadas pelos serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Face às mudanças verificadas nas duas últimas décadas, o exercício da diplomacia presidencial coloca hoje exigências acrescidas ao Presidente da República. Na era da globalização, o conhecimento dos dossiês, a capacidade de apresentação e de argumentação sobre os temas em agenda e a confiança suscitada junto dos interlocutores assumem tal importância na defesa dos interesses nacionais que as relações pessoais entre líderes políticos, embora importantes, deixaram de ser, por si só, suficientes.
Para além do conhecimento das regras básicas e especificidades que enformam o relacionamento entre Estados e da situação portuguesa nas suas múltiplas vertentes, o Presidente da República tem de ser capaz de dominar em toda a sua complexidade as relações bilaterais com os países com quem interage. Tem de ser capaz de abordar, com conhecimento de causa, os assuntos políticos, económicos, sociais, militares, científicos, culturais e ambientais, assim como as questões de política europeia, que correspondam aos interesses do País, e identificar as mensagens relevantes que devem ser transmitidas.

Por outro lado, o Presidente da República não pode deixar de ter um bom conhecimento dos aspetos essenciais da situação dos países com quem Portugal mantém relações históricas e culturais privilegiadas e tem de ser capaz de abordar as grandes questões de política internacional da atualidade e sobre elas estar informado do posicionamento dos seus interlocutores.

É por tudo isto que, nos tempos que correm, os interesses de Portugal no plano externo só podem ser eficazmente defendidos por um Presidente da República que tenha alguma experiência no domínio da política externa e uma formação, capacidade e disponibilidade para analisar e acompanhar os dossiês relevantes para o País.
(o bold é da minha responsabilidade)
É verdade que, naquilo que está a negrito (bold),não se fala de chernes nem de qualquer outro peixe das profundezas que referia O’Neill:
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...
Assim como é verdade que no segundo parágrafo anterior ao que está a negrito (bold), quando se refere:
“Tem de ser capaz de abordar, com conhecimento de causa, os assuntos políticos, económicos, sociais, militares, científicos, culturais e ambientais, assim como as questões de política europeia”
- não se publica a fotografia de ninguém, nem sequer se refere que esse alguém tem de ter o MRPP no seu curriculum político, mas isso também não acontece naqueles concursos que fazem nomear os dirigentes regionais da Segurança Social e não é por isso que eles não são todos do CDS ou do PPD.

Cavaco fala pouco, felizmente, mas se ainda falasse menos todos nós seríamos mais felizes. Resta-nos a alegria de ter a percepção de que, em cada dia que passa, é menos um dia que falta para voltarmos a ter em Belém um Presidente para todos os portugueses.
LNT
[0.141/2015]

quarta-feira, 11 de março de 2015

11 de Março

T6 G
LNT
[0.140/2015]

Cansada: uma canção pelas vítimas [ vp III ]



Desde o dia 6/3, ali, na coluna da direita, Cansada - uma canção pelas vítimas.

3º (e último) vídeo promocional para divulgar e partilhar.

APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

Vozes: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Letra e música: Rodrigo Guedes de Carvalho
Arranjos, produção musical, piano: Filipe Melo
Orquestra: Sinfonietta de Lisboa
Maestro: Vasco Pearce de Azevedo
Contrabaixo: Nelson Cascais
Bateria: Alexandre Frazão
Harpa: Ana Castanhito
Engenheiro de som: Rui Guerreiro
Assistentes de audio: José Maria Sobral e Fernando Dallot
Produção executiva: Helena Figueiredo
Design gráfico: Alexandre Ferrada
Realização: Tiago Guedes
Produção vídeo: Take It Easy
Gravado: nos Atlântico Blue Studios
Março 2015


LNT
[0.139/2015]

terça-feira, 10 de março de 2015

Desgostos

Não costumo rapinar mais do que algumas linhas daquilo que os outros dizem. Faço-o normalmente transcrevendo extractos com links mas hoje não resisto a transpor para este estabelecimento o vídeo publicado no Câmara Corporativa em que Reis Novais desanca magistralmente no maior responsável pelo estado miserável em que nos encontramos, tanto em termos sociais, como políticos, e um dos principais culpados por termos chegado ao estado de penúria em que nos encontramos.

Ao contrário de algumas críticas que tenho recebido onde sou acusado de ódio à pessoa que ocupa o lugar mais relevante de Portugal, quero reafirmar que o Dr. Cavaco não me causa qualquer ódio (ou amor) porque não consegue gerar em mim outro sentimento que não seja o de desgosto por ver o meu País simbolizado por si.

Ao menos o Dr. Cavaco podia ter sido menos cínico e chamar os bois pelos nomes e, em vez de ter plasmado no seu último roteiro palpites sobre o perfil que entende ser o adequado ao seu sucessor, esquecendo a contradição que Reis Novais explica no vídeo, ter logo dito a que cherne especialista em política externa se estava a referir.
LNT
[0.138/2015]

Cansada: uma canção pelas vítimas [ vp II ]



Desde o dia 6/3, ali, na coluna da direita, Cansada - uma canção pelas vítimas.

2º vídeo promocional para divulgar e partilhar.

APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

Vozes: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Letra e música: Rodrigo Guedes de Carvalho
Arranjos, produção musical, piano: Filipe Melo
Orquestra: Sinfonietta de Lisboa
Maestro: Vasco Pearce de Azevedo
Contrabaixo: Nelson Cascais
Bateria: Alexandre Frazão
Harpa: Ana Castanhito
Engenheiro de som: Rui Guerreiro
Assistentes de audio: José Maria Sobral e Fernando Dallot
Produção executiva: Helena Figueiredo
Design gráfico: Alexandre Ferrada
Realização: Tiago Guedes
Produção vídeo: Take It Easy
Gravado: nos Atlântico Blue Studios
Março 2015


LNT
[0.137/2015]

segunda-feira, 9 de março de 2015

Ainda falta um ano

Bolo-reiQuando o mais desvalorizado e impopular Presidente da República que tivemos até hoje em Portugal se arroga deixar lavrado nos seus panfletos autobiográficos o perfil que deverá ter o seu sucessor, ficamos com a certeza absoluta da incapacidade que tem de realizar a introspecção necessária para perceber o desamor da Nação.

Foi por esta mesma razão (arrogância ensimesmada) que Cavaco proclamou que as exigências de esclarecimento que o Primeiro-ministro deve ao País sobre os seus incumprimentos contributivos mais não são do que campanha político-partidária.

Como ele diz, um Presidente deve ter bom senso na pronúncia que faz. Perante o consenso existente sobre o seu desempenho não nos resta dúvidas do bom senso que lhe assiste.

Felizmente, daqui a praticamente um ano, deixará de nos azucrinar a paciência com os seus recados e conselhos.
LNT
[0.136/2015]

domingo, 8 de março de 2015

Cansada: uma canção pelas vítimas [ vp I ]



Desde o dia 6/3, ali, na coluna da direita, Cansada - uma canção pelas vítimas.

1º vídeo promocional para divulgar e partilhar.

APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

Vozes: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Letra e música: Rodrigo Guedes de Carvalho
Arranjos, produção musical, piano: Filipe Melo
Orquestra: Sinfonietta de Lisboa
Maestro: Vasco Pearce de Azevedo
Contrabaixo: Nelson Cascais
Bateria: Alexandre Frazão
Harpa: Ana Castanhito
Engenheiro de som: Rui Guerreiro
Assistentes de audio: José Maria Sobral e Fernando Dallot
Produção executiva: Helena Figueiredo
Design gráfico: Alexandre Ferrada
Realização: Tiago Guedes
Produção vídeo: Take It Easy
Gravado: nos Atlântico Blue Studios
Março 2015


LNT
[0.135/2015]

sexta-feira, 6 de março de 2015

Cansada: uma canção pelas vítimas



A partir de hoje, ali, na coluna da direita, Cansada - uma canção pelas vítimas.

Para divulgar e partilhar.

APAV - Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

Vozes: Aldina Duarte, Ana Bacalhau, Cuca Roseta, Gisela João, Manuela Azevedo, Marta Hugon, Rita Redshoes e Selma Uamusse.
Letra e música: Rodrigo Guedes de Carvalho
Arranjos, produção musical, piano: Filipe Melo
Orquestra: Sinfonietta de Lisboa
Maestro: Vasco Pearce de Azevedo
Contrabaixo: Nelson Cascais
Bateria: Alexandre Frazão
Harpa: Ana Castanhito
Engenheiro de som: Rui Guerreiro
Assistentes de audio: José Maria Sobral e Fernando Dallot
Produção executiva: Helena Figueiredo
Design gráfico: Alexandre Ferrada
Realização: Tiago Guedes
Produção vídeo: Take It Easy
Gravado: nos Atlântico Blue Studios
Março 2015


LNT
[0.133/2015]

Ainda mais indignidades [ III ]

Passos Coelho a rirHoje, Pedro, o Primeiro-ministro, veio ao paleio das televisões explicar que aquilo que por aí se diz da sua vida contributiva é verdadeiro e que ele não se orgulha dos incumprimentos que aconteceram com ele, tal como acontecem com qualquer outro cidadão (parvalhão).

Pedro, o desmemoriado, está mesmo convencido que todos nós somos como ele e que, tal como quis convencer com o “viveram acima das posses”, todos os portugueses são incumpridores.

Pedro, o ignaro, explicou naquele seu explicar manhoso a roçar a miséria moral, que nada deve porque, sempre que foi apanhado em falta, prontificou-se a pagar aquilo a que se tinha esquivado.

Pedro, o bom aluno, dá uma lição de mestre: Tenta não pagar, pode ser que não sejas apanhado, mas se fores apanhado paga, porque ficas perdoado.
LNT
[0.132/2015]

Malandrices

Macaco árvoreIndependentemente de António Costa ter deixado (mal), até hoje, passar tempo de mais para se pronunciar sobre os esquecimentos e ignorâncias contributivas do Primeiro-ministro, que se olvida de permitir condescendências similares aos cidadãos-contribuintes que governa, os repórteres salta-pocinhas que por aí abundam são muito dados à malandrice.

Ou saltam de trás de uma árvore (onde deverão andar empoleirados), ou se escondem entre os carros para fazer o jogo da apanhada (dado não dominarem o jogo da macaca), ou avançam com a malandrice suprema que consiste em fazer uma questão carregada de segundas intenções depois do entrevistado já ter acabado a entrevista e ter virado as costas às câmaras.

Foi isso que hoje, uma vez mais, vi acontecer na SICn quando o Presidente da Câmara da capital se dispôs a falar sobre a má memória e a ignorância que Passos Coelho tem perante as coisas do fisco e da segurança social e a repórter esperou que a entrevista estivesse encerrada e o entrevistado tivesse saído da área de escuta para perguntar se Costa também teria um passado de mau relacionamento com a AT e a SS.

Não teve resposta, possivelmente porque o entrevistado nem sequer ouviu a pergunta, mas não prescindiu de deixar o comentário de que o Secretário-geral do PS não quis responder à questão.

“Malandrice, Maria Albertina!” como diria o saudoso Raúl Solnado.

Nota: A referida questão não faz parte da reportagem já montada que se linka, porque se passou no directo que já não está disponível.
LNT
[0.131/2015]

Já fui feliz aqui [ MDX ]

Ponte de Lima
Ponte de Lima - Minho - Portugal
LNT
[0.130/2015]

quinta-feira, 5 de março de 2015

Afinal já houve outras

Passos sorteioBem dizia Coelho que escusavam de andar a vasculhar a sua vida contributiva, porque ele não é perfeito, dando a entender a máxima de que “não cumprir com as obrigações fiscais e contributivas é um direito e um dever de qualquer cidadão, desde que não se seja apanhado”.

Diz hoje o Expresso que, para além das dívidas à Previdência parcialmente saldadas, Passos terá sido objecto de cinco processos fiscais nos anos anteriores a ser Primeiro-ministro.

Representa um exemplar desempenho para quem se arroga ser o arauto da honestidade e do cumprimento das obrigações cívicas e, ainda por cima, por quem cataloga os seus concidadãos de “piegas” quando os faz empobrecer devido a “terem vivido acima das suas possibilidades”.

Afinal sempre houve quem vivesse acima das suas possibilidades e se revele detentor de um carácter perto da miséria moral.

Para o fazer entrou em incumprimento penalizando, dessa forma, todos os outros que nunca se abstiveram de entregar ao Estado, em tempo, o que a Lei determinava.

Num País civilizado e com um Presidente da República atento já haveria eleições marcadas.
LNT
[0.129/2015]

terça-feira, 3 de março de 2015

Mais indignidades [ II ]

Passos Coelho a rirO caso das ex-dívidas de Passos Coelho à Segurança Social não me mereceriam mais do que um abanar de cabeça não fossem as desculpas esfarrapadas que o levaram a contrair essas dívidas e, agora, o já famoso sentir: - “terão de nascer duas vezes para serem tão honestos como eu”.

Assim, perante tais explicações sobre o desconhecimento da Lei e as falhas dos serviços na notificação e outros reparos desviantes das responsabilidades que assistem aos contribuintes, independentemente da ideia de só haver infracção quando se é apanhado, há que assacar o Primeiro-ministro da impreparação exigida a quem impõe, pelo seu cargo, as punições (muitas delas manifestamente exageradas e rapinantes) aos cidadãos que governa.

Cada explicação justificativa que Passos Coelho apresenta mais o culpabiliza da fuga aos seus deveres de contribuinte.

Isto num País que penhora o tecto de gente que já não tem do que comer.

É uma vergonha ter governantes destes. É também com isto que se indigna uma Nação.
LNT
[0.127/2015]

Ralhetes [ II ]

RalhoComo se já não chegassem os raspanetes perplexos, oficiais (e oficiosos), agora também pegou a moda dos privados.

Chegam por todos os meios que a tecnologia permite e quando são questionados para a frontalidade que torne possível o contraditório, ou correcção de mão, recebem-se na volta mais raspanetes e acusações vagas, evocando alguma superioridade e elevação, moral ou filosófica, para não especificar os motivos de tais ralhos.

Há sempre muitas formas de se induzir a lei da rolha e haverá sempre quem ande pelo espaço público (escrito e falado) convencido ser inimputável e não sujeito a crítica.

Seria bom que esses se relessem para se aperceberem que nem sempre têm a elevação de que se julgam únicos e, quando erguem o dedo para alguém, que sejam claros no sentido que apontam.

Não me intimidam, não me calam e não me ofendem porque não sou permeável a ofensas (elevadas ou não) e não sou susceptível a obediências.

Volto a afirmar que já não há pachorra para tanto responso.
LNT
[0.126/2015]