quinta-feira, 28 de junho de 2012

Orgulhosamente afogados na rebentação da praia

Mar PraiaSei que não se deve bater em mortos e geralmente não o faço, mas como leio em toda a comunicação que morremos com dignidade e que esses mortos nos enchem de orgulho, faço aqui as exéquias.

Portugal jogou melhor que Espanha. Portugal apontou mais que Espanha. Portugal concretizou menos que Espanha o que colocou a Espanha na final e Portugal no avião de regresso.

Sei que sou barbeiro e que os barbeiros sabem tanto da poda como os cientistas da bola sabem de coisas sérias. Mas, nada entendendo, sei que o orgulho deve resultar da concretização e não do falhanço.

Acabo já, sei que não se deve bater nos mortos.

Acabo a reflectir sobre o orgulho balofo há séculos iniciado em Alcácer-Quibir e que, excluindo a fase em que foram dados novos mundo ao Mundo, faz encher o peito a este povo que insiste em afogar-se orgulhosamente na rebentação da praia em vez de se esforçar para pisar a areia e continuar a viver.

A taxa de sucesso português, seja na bola, seja na política ou na economia continua a medir-se pelo esforço exigido e não pelos resultados obtidos, o que é manifestamente insatisfatório.
LNT
[0.319/2012]

3 comentários:

Anónimo disse...

Tás tramado que foste apanhado na onda. Já pões uma vírgula depois de um "mas" em lugar de a colocares antes. Não aprendeste na escola o suficiente para te dar segurança, mas não desperdiçaste as lições da escola da televisão. Deves ser também doutor como a cambada de incompetentes que nos mente com notícias fabricadas.

Anónimo disse...

Tás tramado que foste apanhado na onda. Já pões uma vírgula depois de um "mas" em lugar de a colocares antes. Não aprendeste na escola o suficiente para te dar segurança, mas não desperdiçaste as lições da escola da televisão. Deves ser também doutor como a cambada de incompetentes que nos mente com notícias fabricadas.

Luís Novaes Tito disse...

Gosto destes anónimos sábios.
Mas talvez não fosse mal pensado que, antes de se fazerem tais demonstrações de sapiência, se estudasse um pouco mais.

Diz-nos o Ciberdúvidas sobre casos semelhantes:
"O mas, uma conjunção adversativa, utiliza este sinal para demarcar o tempo entre a afirmação e a sua contraposição. «Vamos embora, mas deixamos o nosso protesto.» Ou: «… mas, dadas as circunstâncias, deixamos o nosso protesto.»"

Pode ver aqui:
http://www.ciberduvidas.pt/pergunta.php?id=15

E a agressividade pode ser boa forma de manter o fígado limpo.
Descarregue à-vontade, se isso lhe faz bem, mas ser-lhe-ia mais útil não confundir barbeiros com doutores. Isto é uma barbearia e não uma escola.