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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dignidade

Angela Merkel
Juro que vou dedicar os meus esforços ao bem do povo alemão, aumentar os seus benefícios, protegê-lo de danos, respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação, cumprir conscientemente os meus deveres, e fazer justiça a todos.
Juro-o, assim Deus me ajude".
Ontem vi Merkel na televisão a jurar que iria “respeitar e defender a Constituição e as leis da Federação”. Que pena tenho que os governos em Portugal não façam semelhante juramento embora saiba que, observando o desempenho de topo nos últimos anos em Portugal, não andamos muito longe de dar razão à frase repetida na infância: “de que quem mais jura, mais mente”.

Quase blasfemicamente diria que lamento não ter Merkel como chefe do meu governo porque tenho de reconhecer a sua honra, ao contrário do que se passa por aqui.

Como democrata, respeito quem se dá ao respeito, isto é, quem independentemente das ideias que defende – mesmo sendo diferentes daquelas que defendo – revela honestidade e brio no cumprimento dos juramentos que faz.

Ao ouvi-la em tal juramento dei por mim a imaginar o desprezo que ela deverá ter por gente inqualificável que ocupa altos cargos nacionais e declara publicamente ser contra a Constituição designando o seu País como “protectorado” em violação logo ao primeiro princípio fundamental - “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.

Depois de ontem ter visto a dignidade da posse de Merkel compreendi melhor o desdém com que ela trata a rapaziada da Gomes Teixeira, infelizmente metendo-nos a todos no mesmo saco de gatos por admitirmos docilmente sermos governados no desrespeito da Constituição da República Portuguesa dando aso a que todo o tipo de burocratas europeus e de “mercados” internacionais se permitam tentar condicionar o nosso Tribunal Constitucional.
LNT
[0.503/2013]

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ein Volk, ein Reich, ein Bundeskanzler

Merkel - Governo Português
Leio quem sabe de eleições no Deutsches Reich e fico inteirado de que o sufrágio seria sempre ganho pela mamã Merkel, fosse ela do Partido que fosse. Foi “a senhora que saltou o muro no seu desmoronamento” a única a ganhar, com o pormenor de ter tido quase tantos votos como todos os partidos da oposição, tendo isso ficado a dever-se ao estilo matriarca que cultiva, coisa especialmente apreciado na terra em que os Porches e os Volkswagen andam de mão dada na musculatura das oficinas.

Uma não novidade para os alemães, uma felicidade para os Andeiros dos novos povos do Reich que têm as mesmas certezas de outros, em idos do século XX, que arreavam de coluna vergada ante o peso do aço florescente pela força da inteligência e pelo suor dos submetidos.

É por isso, apesar do prometido regresso aos mercados marcado para hoje não passar de uma miragem sinistramente anunciada quando Gaspar deu de frosques, que há tantos sorrisos obedientes e embevecidos nos dirigentes dos povos madraços da margem norte do mediterrânio.

Toda esta imensidão de mar é Europa, segredam à mamã, tudo isto pode ser vosso, senhora nossa mãe, se em troca nos prometer a liberdade de a poder continuar a servir e a engordar.
LNT
[0.306/2013]

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Imagem do dia

Angela Merkel

Passos Coelho fez Angela Merkel falar num púlpito com os dizeres “GOVERNO de PORTUGAL

Diz-se que uma imagem vale por mil palavras e, neste caso, as mil palavras são conseguidas pela repetição da frase “Lá está ele a esconder-se atrás das saias de alguém”.

A imagem, que inexplicavelmente os protocolos de estado português e alemão deixaram passar, foi no entanto contrariada quando Merkel explicou que as políticas que estão a ser aplicadas decorrem dos governos dos respectivos países e não de uma imposição da Alemanha.

Uma imagem que vale mil palavras para justificar a cobardia do poder português ao não assumir que que as políticas que estão a ser impostas são aquelas que Passos Coelho e Paulo Portas entendem ser o cumprimento do programa deste Governo.
LNT
[0.569/2012]

Lindos de morrer

Cavaco e MerkelEle (para ela): Vais comer um cabritinho a São Julião?
Ela (para ele): Juliau? Was queres dizierr com Juliau?

Ele (para ela): Julião, não sabes, mas cabritinho não se te escapou.
Ela (para ele): Einsnibal! ainda no m’eixpliscaste que ser Juliau.

Ele (para ela): Não te posso explicar, Angelinha. Se tu soubesses ias preferir comer o cabritinho na Cova da Onça.
Ela (para ele): Eixplica sim, Einsnibal, por favorr. Eu querrer saberr porrque estás já a pegarr nesse nako de bolo-rrei parra encherr a boca. Cheirra-me à marrosca.

Ele (para ela ainda com o naco de bolo-rei na mão): Se te disser não pões o Pedrito de castigo?
Ela (para ele): Disparrate. Punha lá o meu garina de castigo. Erra lá capaz de castigarr o benjamim que põe o povo a pão e água e põe a sua Reichskanzler ao pé da água a comerr cabrtita com sopas de cavalo-cansado da Bacalhôa 2009.

Ele (para ela): Então aqui vai. Mas se ele te perguntar como soubeste, dizes que foi a Manuela Ferreira Leite que te disse, combinado?
Ela (para ele): Combinada.

Ele (para ela já a mastigar o naco de bolo-rei): Antes de ti, o último chefe de estado que esteve em São Julião foi o Kadafi e dizem que a partir desse momento a vida lhe começou a correr menos bem. O Paulinho também viveu por lá uns tempos, quando foi Ministro dos não sei quê e do Mar, e quando deu por ele já estava despedido.
Ela (para ele): Ich no perrcebo nada do que tu me dizerr. Já chega desta converrsa de gatafunhas e vamos ao cabrrito e à vinhaça.
Nun, Herr Präsident Einsnibal, zunächst ganz einfach auf wiedersehen und danke.
LNT
[0.568/2012]

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ich liebe Dich


Já sabemos que no próximo dia 12 iremos ter a chefe no nosso convívio. Como bom aluno encomendei o marisco para que nada lhe falte e como aprendiz do Professor Marcelo (que anda numa fona para contactar os alemães saltando por cima da imensa chachelarina como se ela fosse um porta-chaves) mandei colorir o repasto a preceito.

Também já comprei as bandeirinhas para, com todos os meus clientes, amigos e familiares, ovacionarmos o cortejo fardado com os trajes usados no tempo dos Filipes e que agora Pedro, Paulo e Aníbal mandaram reforçar com joelheiras.

Vou gritar vivas agitados na esperança de que me seja atribuída uma reforma remunerada igual às que se usam no império continental porque me parece justo ter, nesta colónia do Sul, os mesmos cómodos.

Já ensaio o desenferrujar da língua alemã que aprendi nos meus tempos adolescentes em Albufeira. Quero usar as mesmas expressões de satisfação que usava, na altura, com as outras alemanhosas.

Sei que vos choco com esta cisma mas adoro a gorducha, sempre gostei de imperatrizes e rainhas gorduchas, tique que me ficou desde o tempo em que, noutra encarnação, dei vivas à partida de Maria Antonieta.

Aguardo a todo o momento a publicação do despacho que faça feriado municipal em Lisboa e Setúbal, à semelhança do que aconteceu com Ratzinger, uma vez que Merkel não Papa menos que ele.

Anseio o momento de me perfilar para lhe gritar a plenos pulmões e a passo de ganso:

Willkommen, Angela. Ich liebe dich.
LNT
[0.552/2012]