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sábado, 29 de janeiro de 2022

Dia de Reflexão


Hoje é aquele dia idiota que foi inventado para que se saiba que também há dias idiotas e que só idiotas ainda não tiveram tempo para extinguir sempre que sentaram os seus ilustres traseiros nos couros de São Bento nos últimos, quase, 50 anos.

Cumpridor, não serei desobediente à Lei idiota e não venho aqui apelar ao voto naquele Partido que já sabem ser meu costume aconselhar, mas só reflectir sobre o poder real, no sentido de monarquia absoluta que, a partir de depois de amanhã, o agora mudo, pouco selfie e minimamente afectuoso residente na Real Quinta de Belém vai passar a ter, caso os eleitores republicanos (e não só) entendam fundar uma salganhada dinástica com os votos que depositarão, ou não, nas urnas.

Estamos na iminência de um golpe monárquico que iniciará a nova dinastia dos Sousa, onde o Rei exibirá o seu cetro para fazer os jogos de poder que maquiavelicamente sabe conduzir ao chamar ao Páteo dos Bichos todos os jograis para, de entre eles, escolher o Bobo da Corte que melhor o divirta.

É também nisso, que neste dia idiota de reflexão, reflito, e refletindo alto, deixo escrito para apelar aos meus poucos leitores que usem o seu voto para criar uma solução sólida e maioritária que inviabilize a vichyssoise que se adivinha a ser servida nos banquetes de Dom Marcelo I, a partir deste novo 31 de Janeiro.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.016/2022]

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Duas afirmações, muitas questões e uma constatação


O bicho é invisível, mas não é inexistente.

As pessoas são os hospedeiros, os meios de contaminação por excelência e os disseminadores.

Os óbitos são proporcionais às vagas nos cuidados intensivos? Os cuidados intensivos são isso mesmo ou, à falta de mezinhas para o combate à peçonha, são paliativos?

O número de mortes fora do contexto Covid-19 é um segredo de Estado ou é o estado de coma em que nos querem induzir?

As estatísticas e os achatamentos são a desumanização dos sentires e afectos nesta multidão de bolhas herméticas domissanitárias em que nos confinámos?

Os predadores deixaram de se alimentar? os enganadores deixaram de enganar? os manipuladores deixaram de manipular? os bandidos deixaram de abandidar, os egoístas deixaram de se ego-centrar, os malditos deixaram de pichar, a inteligência e o entendimento passaram a ser só armas na retórica?

Evocar as mesmas realidades sem considerar o tempo decorrido e sujeitar-nos à colagem de imagens com frases ditas ontem e hoje como se a Terra não tivesse executado a rotação e a translação tivesse sido suspensa é um propósito manipresto dos comunicadores ou só uma inanidade?

O extermínio do cancro da pirâmide invertida e dos indigentes irá salvar o segurança social e a saúde pública?

A robótica, a inteligência artificial, o confinamento do teletrabalho, o ensino à distância, a deslocalização e a consequente transição para a dependência de monopólios e ditaduras que abocanham as prioridades de distribuição e nos fazem dependentes de tudo o que abominamos, incluindo a má qualidade, o silêncio, a escravatura laboral, o trabalho infantil, o uso intensivo de trabalho sem direitos dos cidadãos nem livro de reclamações, são a lavagem da nossa consciência?

Tudo vai voltar ao que era, ou acabou uma era e tudo se vai revoltear?

No entanto, constato que a casinha de pássaros que tenho na varanda fez-se maternidade e o frenesim dos pais não pára para satisfazer os bicos que se abrem lá dentro.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.004/2020]

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Em modo de balanço


Nos tempos que correm os cidadãos que se deixam envolver na coisa política e aceitam cargos públicos arriscam-se a destruir o prestígio de uma vida de trabalho construída arduamente ao longo dos anos.

Falo de cidadãos comuns – incluindo os que são filiados em Partidos políticos – e não de políticos que fizerem da política o seu trabalho e que vão buscar a esses cidadãos comuns a mão-de-obra para a sua empresa.

Basta hoje ver os cartazes de qualquer campanha política onde se dá a entender que fulano(a)-de-tal pretende ser Primeiro-ministro, presidente de Câmara ou de Junta de Freguesia quando afinal se candidatam listas de cidadãos (equipas) que mais parecem ser empregados do(a) cabeça dessas listas do que seus parceiros de eleição.

Sei que os poderes são ambicionados e a projecção mediática e pública podem ser motor para que os cidadãos se envolvam, mas também sei que muitos se envolvem nessas aventuras por motivos de serviço público dispondo-se a oferecer o que de melhor sabem fazer em favor do bem comum.

Depois é o que se vê. Sucedem-se os casos de sacrifício desses cidadãos comuns a favor dos cabeças de cartaz – inúmeras vezes idolatrados e com estatuto de inimputáveis – assacando para eles (para os cidadãos comuns) as causas de todos os males.

Alguma coisa terá de mudar se quisermos ter no futuro equipas de competência que zelem pelos nossos interesses e bem-estar.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.073/2017]

sábado, 24 de maio de 2014

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Utopias

BoteroAinda não consegui voltar à militância política activa (material, porque nunca deixei a electrónica).

A vida político-partidária que tanto me entusiasmou até aos inícios do presente século e que tanto me desiludiu na segunda parte da última década continua arquivada num monte de papeis que guardo à espera de fazerem História.

Depois dos tempos negros que fizeram Ferro Rodrigues partir para a diáspora, depois da calúnia, das jogadas de bastidores, da tomada do poder pelos mastins, da instalação dos patos-bravos nos comandos do novo-riquismo baseado no deslumbramento, nos gadjets e na teoria de que a imagem se sobrepõe à vida real, é difícil regressar à luta e ao combate pelas ideias e pela máxima de que a política é uma forma nobre de servir os outros.

Ando para aqui meio moribundo à espera de que a política saia da promiscuidade dos interesses e mantenho-me pessimista por não a ver dar o salto para os projectos de bem-estar e de esperança que os políticos da anti-ideologia esconderam no fundo da gaveta.
LNT
[0.429/2011]

sábado, 22 de janeiro de 2011

Alegremente reflectindo

ChimpazéEstou como a Joana Lopes. Reflectir o quê e para quê? Não tivemos, nestes últimos tempos, mais que tempo para reflectir? Ou reflectimos só em silêncio?

Tratam-nos como se fôssemos miúdos, ou bons alunos, é o que é.

Hoje desci do Porto para Lisboa (descer é uma maneira de dizer, claro, porque a altitude é a mesma) e fiquei impressionado com a portugalidade reflectiva. Nunca se ouviu um País tão silencioso, nem tantos condutores da faixa da direita viciados na da esquerda, como que a tentar impedir que se ande. Deviam estar em reflexão reflectiva.

Que nervos!
LNT
[0.014/2011]

sábado, 26 de setembro de 2009