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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Crónica da neblina

QuasimodoAqui, nas Cabanas de Tavira, no momento em que faltam sessenta e dois dias, oito horas e onze minutos para sabermos que os portugueses se libertaram dos dois primeiros elementos da Troika nacional, o nevoeiro entra com o Suão pelas areias dentro anunciando o eminente regresso de Dom Sebastião montado num cavalo marinho, escudado pelos cavaleiros da academia que encabeçam manadas de dignatários, uns reciclados e outros prontos à obediência veneranda do Regimento das Cortes.

Mau dia para quem se fez a Sul à procura de calientes banhos, bom dia para os que aqui já gozam, há tempos, o prazer dos suores e ambicionam um pouco de repousante fresco que amaine o repouso escaldante.

Perto, para as bandas da Manta Rota, já se anunciam os grunhidos da segurança que farão cordão para que Pedro, o vai-te embora que já não vais cedo, possa molhar os artelhos nas espumas suaves que banham o areal.

Deus lhe seja leve o não o faça cruzar-se com um peixe-aranha, agora que se vai alhear, por uns dias, de Paulo.
LNT
[0.247/2015]

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Entretanto

Boneco CocoRetirando as bolas de ouro do nosso rapaz da bola e a irrelevância que foi atribuída ao nosso representante na marcha simulada de Paris, o BES continua a trote pelo Parlamento onde todos se lamentam de ter ocupado cargos principescamente pagos mas onde nada tinham para fazer e onde não tinham qualquer responsabilidade.

A porta da cadeia de Évora deixou finalmente de ser o estúdio principal da pasmaceira e nós cá vamos andando como Deus quer, aguardando novas mega-operações, novas mega-buscas e outras novas.
LNT
[0.018/2015]

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cá vamos

ConfissõesEntão, como vai isso? Cá vamos, cá vamos.

Coisa portuguesa de gema, o "cá vamos", não confundir com cavamos (cavar dá trabalho) está para a vida portuga como o fado está para o destino.

No "cá vamos" subentende-se "andando", que é como quem diz, vamos andando por cá, à espera do euromilhões e na esperança que alguém faça alguma coisa para que possamos passar a responder que "está tudo bem", sem que por isso se tenha de fazer alguma coisa.

Neste "alguém faça alguma coisa" subentende-se o "eles" (o "nós" fazermos alguma coisa dá trabalho) e este povo lá vai andando, acrescentando ainda "como Deus quer" para que o determinismo e a fatalidade tenham justificação no esotérico.
LNT
[0.413/2010]