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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

SNS – serviço nacional de seguros

TACCom o Serviço Nacional de Saúde a caminho de se tornar no Serviço de Saúde aos Indigentes diz-nos Passos Coelho que:
"o Governo está absolutamente confortado com a proposta feita pelo ministro da Saúde".

A palavra conforto é usada amiúde pelos nossos governantes, seja para mandar os deolindos fazerem a trouxa e zarpar, seja para transformar uma consulta hospitalar pública em algo tão ou mais caro do que uma privada. O conforto advém da ideia de que o SNS deixe de fazer sentido para quem pode pagar um seguro de saúde.

Passos Coelho e Paulo Portas dirigem um executivo confortável que se deixa confortar com propostas de um dos seus ministros. É como se o Conselho de Ministros não fosse um colectivo mas sim uma troika de negócios que recorre a consultores externos, a quem chama ministros.

Falta agora sair legislação na "óptica do pagador não-consumidor" que interdite o SNS a cidadãos com rendimentos superiores ao salário mínimo nacional.

Até lá adivinha-se que, nos hospitais particulares, as listas de espera cheguem à saturação para os utentes-segurados.

Chegaremos ao ponto de conforto total quando a saúde mínima for exclusiva da caridade, a saúde média for exclusiva dos seguros e a saúde máxima for exclusiva dos ricos, sendo que os utentes da saúde mínima nada contribuem, os utentes da saúde média contribuem a dobrar (impostos+seguros) e os utentes da saúde máxima contribuem somente para o seu bem-estar.
LNT
[0.590/2011]