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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

An offer I can't refuse

Terminal AeroportoAcabo de receber uma proposta irrecusável, mas perdi a oportunidade

Telefonaram-me de um País pelintra a perguntar se eu aceitava ser ministro.
O cargo tinha bom ordenado e a ele acresciam diversas mordomias agradáveis, entre as quais a de poder seleccionar os membros do meu gabinete e pagar-lhes mais do que é habitual pagar nos outros.

O País era-me familiar, amigo e simpático, cheio de Sol mesmo no Inverno, e com uma malta que me respeitaria, logo à partida, por eu vir de fora.

Por aqui mantinham-me o emprego e estava garantido que, quando a coisa desse para o torto, poderia regressar para continuar a minha vidinha.

Tinha mais uma vantagem (que transformava a proposta em algo irrecusável): Como não haveria de ficar nesse País para além do meu mandato não teria de suportar os efeitos de todas as argoladas e parvoíces que cometesse no exercício do cargo.

A coisa só correu mal no momento em que, para confirmarem se estavam a falar com a pessoa certa, me perguntaram se me chamava Álvaro.
LNT
[0.409/2011]