sexta-feira, 23 de abril de 2010

puff!

Formiga

Triste sina, a das formigas.

Depois de terem expulso a casta maior para os campos da Argentina, entre churrascos de picanha e de filé, padecem esmagadas por um polegar mais robusto assim que tocam a pele de um homem.

Até para elas a realidade é tramada, acreditem!
LNT
[0.158/2010]

Das barbas e dos barbeiros

João Espinho - BarbeiroDizia o Pedro Correia, aqui há uns dias, que a abertura democrática em Cuba era evidente perante a liberalização e a privatização das barbearias, desde que não tivessem mais do que três cadeiras. Quer isto dizer que, se esta barbearia estivesse sob o manto democrático cubano e dado que nela existem quase 300.000 cadeiras (exagero do sitemeter), não lhe restava outra solução senão a estatal e aqui andaria este miserável barbeiro, que nada ganha com isto a não ser amores e ódios dos seus clientes, às ordens de um qualquer Bernardino, ou quejando.

O escrito de PC (Pedro Correia, leia-se) fez-me deixar lá um comentário a informar que haveria de pegar no assunto, mas agora que o assunto fica presente, apetece-me só dizer que a grande democracia de Cuba e o povo cubano mereciam mais dos manos Castro.

Merecia, por exemplo, que deixassem barbeiros como Yoani Sánchez cortar a eito o cabelo de cabeludos sem que lhe travassem a tesoura.

É que, até mesmo os últimos dinossáurios, merecem ser devidamente escanhoados e tosquiados sem que o Estado intervenha.

Por este andar, ainda havemos de ver, em Cuba, policiais armados em políticos e uma Assembleia Nacional a fazer o papel interrogador de uma polícia política (mesmo que encalhada, como diz o barbudo nacional).
LNT
[0.157/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXXXII ]

Balugães
Balugães - Minho - Portugal
LNT
[0.156/2010]

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Repouso

AlgemasLigar a televisão e assistir a deputados que erraram na profissão e agora têm forma de ser interrogadores, coisa que lhes corre no sangue, profissão falhada porque nunca tiveram coragem de ir para a polícia, retira o repouso que nos aconselham, soma preocupações à preocupação, faz pensar que afinal o nosso voto não foi para legisladores mas sim para pagar bem a maus polícias.

Vejo estas comissões de inquérito, dizem que para apurar a responsabilidade política, a questionar para saberem o que os seus interrogados “acham” ou “entendem” e aumenta-me a azia, acresce-me a descrença e assalta-me a dúvida se valerá a pena o trabalho de escolher, nas urnas e em voto secreto, interrogadores que não são policiais, nem juízes, para lhes pagar por inútil trabalho o dinheiro que deveria ser gasto em profissionais policiais ou judiciais especializados.

Isto cansa.
LNT
[0.155/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXXXI ]

Mértola
Mértola - Alentejo - Portugal
LNT
[0.154/2010]

terça-feira, 20 de abril de 2010

E de repente emudeceram

Avião bate asasHá silêncios tão selectivos que até fazem um barbeiro ficar barbado. Quando se falam de alternativas nos transportes, TGV por exemplo, mas também aplicáveis à rede rodoviária, aos portos, etc., nunca falta quem se ligue aos megafones contra este, ou qualquer outro governo, porque a teoria é que, havendo um governo – há um bode-expiatório - e malhe sem dó nem piedade.

Se for um vulcão, ou um ataque terrorista, algo que faça os pássaros de ferro não voar, ai aqui d’ el-rei que a economia fica de pantanas. Se há um terramoto e as ligações terrestres são interrompidas, não faltarão vozes a reclamar a falta de alternativa.

No entanto, quando se fala de planos ou de modernização de infra-estruturas, mil vozes gritam esquecendo que a sua inexistência, normal ou extraordinária, poderá criar constrangimentos extremos.

A face visível, tal como quando se falava de um novo aeroporto internacional, são os passageiros e todos se esquecem que as cargas são tão ou mais importantes e criam tão grandes ou muito maiores problemas à economia.

As vozes, sempre mais que as nozes, falam agora que os aeroportos fecharam por excesso de zelo. O que diriam se algum avião se despenhasse em virtude de ter sido entupido pelas cinzas do Katla ou do seu vizinho?

Esta dualidade é o primeiro problema português (depois da inveja). Impossibilitar o avanço, bloquear o desenvolvimento, discutir até à exaustão aquilo que se não entende para, quando chegar a altura, malhar, ou dando voz ao hino, contra os canhões, malhar, malhar. Quando acontece o desmascarar desses comportamentos, o resultado é silêncio.

Já assim tinha sido com a guerra do Iraque, p.e.
LNT
[0.151/2010]

domingo, 18 de abril de 2010

Colaborador da Semana [ XCV ]

Tias das colaboradorasAo contrário do que é habitual, nesta semana não serão contempladas as colaboradoras mas sim as suas tias-mansas, pá.

Senhoras de tino, esticadas e com implantes, as tias mansas Soe Crátes e Lou Cã, são famosas neste estabelecimento depois de terem sido evocadas em pleno circo representativo, após algumas trocas de galhardetes que muito agradaram à clientela e que deixam imaginar a linguagem mais comum que usarão quando, fora do plenário, falam das tias de umas e outras, certamente evocando as suas partes mais íntimas.

Manso é a sua tia, pá! É a frase mais elegante que nesta barbearia se usa quando se pretende, com elevo, satisfazer a clientela ansiosa por mais um bom discurso das colaboradoras especiais que foram chamadas a representar o povão e que por isso se esforçam para usar terminologia de caserna.

Sempre agradecidos às colaboradoras que inovam e que com isso atraem a clientela, desta vez até a clientela das docas, fica a distinção para as tias mansas e recheadas de silicone.

É para elas o galardão da semana.
LNT
[0.149/2010]

Já fui feliz aqui [ DCCXXVIII ]

Capela do Rato
Capela do Rato - Lisboa - Portugal
LNT
[0.148/2010]