segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Balanços e perspectivas [ I ]

MarteloO balanço:

2014 recentrou-se nos bons e nos maus da fita suportados por quem tem poder para martelar a opinião pública e vender sistemática e deliberadamente a ideia daqueles que são “bons” ou “maus” ou, por outras palavras de quem está por “bem” ou por “mal” na coisa pública, e foi fazendo silêncios cúmplices e ruídos propositados.

Exemplos? Bastam dois:

. Um Ministro da Saúde abençoado por Dei continua a ser deificado com o brilho das santas Missas mandadas rezar quando ainda dirigia o fisco apesar de deixar que os recém-nascidos não tenham a BCG à sua disposição e permita que se morra nos serviços de urgência do SNS por falta de assistência médica. Dizem ser o melhor, o mais competente e capaz de todos os Ministros;

. Um líder partidário que conseguiu tirar o seu Partido das maiores derrotas consecutivas e que ao atingir esse desiderato (linguagem da moda de quem faz política baixinha na jangada) foi considerado como Pirro para, como ele, ser abatido ao activo.

As perspectivas:

2015 irá continuar a ter os marteladores a funcionar em pleno (ou não continuassem os martelos a estar na mão de quem sempre martelou) e as vitórias de Pirro continuarão a ser isso mesmo, com ou sem Livres, com ou sem esses ou outros redutos.

Mais do mesmo.
LNT
[0.003/2015]

Já fui feliz aqui [ MCDLXVI ]

Ericeira
Ouriço - Ericeira - Portugal
LNT
[0.002/2015]

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Finalmente 2015

Fogo de artifícioCom mais ou menos foguetório e menos ou mais artifício, cá estamos.

Vamos ver-nos livres de Passos Coelho. Fica por saber quem será o PSD que António Costa terá como vice-primeiro-ministro.

Ainda não nos veremos livres de Cavaco, o que para o efeito tanto faz porque tanto nos faz que ele lá esteja ou deixe de estar. É como os seus repetitivos e irrelevantes discursos. Quando for, boa viagem e mande de lá saudades, coisa que cá não deixa.

Na volta do correio fica a certeza de que passou um ano e já estamos, finalmente, em 2015:

- Cartas da EDP e dos bancos (dos que ainda sobram) a informar que, de há um dia para cá, as contas a pagar serão maiores.
- Avisos da GALP dando conta de que o fisco “verde” aumentou a gasolina.
- Uma cartinha de António Costa a capear o Acção Socialista de Edite Estrela a pedir aos militantes que façam uma quotização extraordinária, em vez de a pedir aos simpatizantes que fizeram a OPA/2014 ao Partido.

O trivial, portanto!

Vamos a isto (de 2015) que se faz tarde.
LNT
[0.001/2015]

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Bom ano e protejam-se

2015

Consegui cumprir a promessa que a mim próprio tinha feito de, até ao final deste ano, não produzir publicamente os meus balanços habituais.

Tinha por objectivo não me chatear com mais ninguém até ao final de 2014 sendo que 2015 será boa altura para o fazer, à boa maneira deste estabelecimento que andou quase clandestino nos últimos meses.

Por hoje, dia em que termina um ano bem balançado, resta-me desejar a quem ainda aqui passe que tenha em 2015 o melhor de tudo e que o cinzento que se vê no horizonte não traga muita chuva.

Sejam felizes e, se não forem de pés direitos, entrem com os esquerdos ou até mesmo de quatro.

O importante é que, como diria a turba gaulesa irredutível, 2015 não nos caia em cima na cabeça.
LNT
[0.345/2014]

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Já fui feliz aqui [ MCDLXV ]

Presentes de Natal

Espera-se que, ao menos e apesar da loucura do consumismo, tenham mandado para a reciclagem os embrulhos e as embalagens do desperdício.

LNT
[0.344/2014]

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Bye Joe





The night gang started working with a mile of southern road
As I watched I got to thinking You ain't never coming home
I looked out of nowhere There was nobody at all To get me help To get through to you
I'm here making night calls

LNT
[0.342/2014]

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

TAP - Todos Andamos a Pagar

AviãoNisto da TAP o que importa reter é o discurso de que a companhia precisa de uma injecção de dinheiro para se manter viável.

Diz esse discurso que só com capitais privados e despedimentos privados é que a companhia aérea portuguesa, que o deixará de ser a partir do momento em que for vendida a um qualquer chinês dos vistos gold, passará a dar lucro.

Quer isto dizer que o dinheiro público não serve para dar lucro e também quer dizer que os despedimentos públicos são muito mal vistos, enquanto os privados são uma visão menos má da coisa.

Claro que haverá sempre a possibilidade dos investimentos privados permitirem reformas antecipadas revertendo para o Estado os custos dessas medidas, ou até mesmo que o ruinoso “negócio de manutenção Brasil” fique do lado do Estado, mas já nos vamos habituando à ideia de que o Estado (nós todos) existe para suportar perdas e os privados para receberem os lucros.
LNT
[0.341/2014]

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

In the land of submarines, all aboard


Full speed it is, Sgt
Cut the cable, Drop the cable
Aye, aye, sir, Aye, aye
Captain! Captain!)
LNT
[0.340/2014]

I'll Be Home (in Évora) for Christmas

Costa Natal ÉvoraI'm dreamin' tonight of a place I love
Even more than I usually do
And although I know it's a long road back
I promise you

I'll be home (in Évora) for Christmas
You can count on me
Please have snow and mistletoe
And presents under the tree

Christmas Eve will find me
Where the love light beams
I'll be home (in Évora) for Christmas
If only in my dreams

Christmas Eve will find me
Where the love light beams
I'll be home (in Évora) for Christmas
If only in my dreams
If only in my dreams
LNT
[0.339/2014]

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Um homem é um homem e um gato grande pode ser um leopardo

Casaco de leopardoUm homem quando morre deixa a sua reputação e quando vive faz por ela.

Um leopardo quando morre deixa o coiro para quem dele pode fazer um casaco de Inverno politicamente incorrecto até mesmo se usado num restaurante à beira mar da praia da Comporta.

Um cidadão que acredita na solidez dos seus bancos, mesmo quando essa solidez é afiançada pelos Chefe da Nação e do Governo deixa, quando morre, uma mão cheia de nada aos filhos e aos netos.

Um relatório quando anuncia que a economia paralela aumenta a olhos vistos, quando morre na redacção de um canal de notícias transforma-se num magnífico chorrilho de informações tendentes a explicar essa economia paralela nas feiras deste calhau à beira-mar largado. Coisas de ciganada, está-se mesmo a ver, que nada tem com os recibos não passados por uma mão cheia de profissionais liberais, diplomados ou não, e com mais uma data de trafulhices que todos conhecemos mas que fazemos por esquecer.

Um homem (ou mulher), é um homem (ou mulher, ou coisa assim) e um gato grande pode ser muitas coisas, até um leopardo.

Quando morrem deixam de estar vivos, como dizia a outra.
LNT
[0.336/2014]

Já fui feliz aqui [ MCDLXIII ]

Tom Jobim
Tom Jobim - Rio de Janeiro - Brasil
LNT
[0.335/2014]